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 | 30/06/2010 09h51min

Zinho, sobre o jogo contra a Holanda em 1994: “Aquela vitória deu moral para nós”

Meia participou do grupo tetracampeão na Copa do Mundo dos EUA

Carlos Guilherme Ferreira

Apesar da camisa 9, ele era um meia com tarefas defensivas na seleção de Parreira, em 1994. Pois Zinho e sua aplicação tática ajudaram a derrotar Holanda, em Dallas, nas quartas de final da Copa dos EUA, e a chegar mais perto do Tetra. Aos 43 anos, ele agora é técnico de futebol nos EUA e comentarista do canal ESPN Deportes, que detém os direitos de transmissão em português da Copa em solo americano. Ontem comentou Japão x Paraguai e, sexta, fará Brasil x Holanda. Direto de Bristol, no Estado de Connecticut (nordeste dos EUA), onde fica a sede da ESPN, Zinho deu a seguinte entrevista:

Zero Hora — O que marcou você no Brasil 3x2 Holanda de 1994?

Zinho — Em termos de qualidade, foi a melhor equipe que a gente enfrentou naquela Copa (aquela Holanda tinha Rijkaard, Overmars, Bergkamp, Ronald Koeman). Muitos até diziam que foi uma final antecipada. Fizemos 2 a 0, parecia tranquilo. Eles reagiram e empataram. Aí houve aquela falta que o Branco cavou. Ele veio driblando e meio que trombou com um cara. Aí pegou a bola. Aquela seria a jogada da Copa para ele.

ZH — Branco era muito criticado.

Zinho — A gente acompanhou muito a batalha dele. Tinha aquela coisa de substituir o Leonardo (expulso contra os EUA, nas oitavas), de não estar em forma. E ainda pegava naquele setor o rapidinho Overmars. O Parreira pediu muito que eu desse o primeiro combate no Overmars, que ajudasse o Branco. Eu tinha que voltar bastante.

ZH — Aquela vitória abriu o caminho para o título?

Zinho — Nossa seleção era muito contestada. Muita gente achava que iríamos cair. Aquilo deu moral. Já tínhamos confiança, mas depois desse jogo veio uma confiança maior ainda.

ZH — Como foi a comemoração após a partida?

Zinho — Lembro que houve uma festa muito grande. O time era muito concentrado, mas na folga cada um fazia o que queria. Como o jogo foi em Dallas, fora da Califórnia, onde era a concentração, ficamos no hotel.

ZH — Como você vê o jogo de sexta?

Zinho — É outro momento, com outros jogadores. É um time perigoso, temos que cuidar muito com o Robben. Michel Bastos e Juan terão de ter muita atenção. Com todo o respeito a Gana e Uruguai, o jogo mais difícil é contra a Holanda.

ZERO HORA
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