Famoso pelos dribles, o atacante Denilson entrou durante o confronto do Brasil contra a Holanda pelas semifinais da Copa de 1998, em Marselha. Viu o empate em 1 a 1 resultar em cobranças de pênaltis. Hoje com 32 anos, Denilson, que jogou o primeiro semestre no Kavala, da Grécia, e agora é comentarista da TV Bandeirantes para a Copa, ainda se arrepia ao lembrar da partida:

Zero Hora – O que você lembra daquele jogo?

Denilson — O jogo inteiro foi emocionante. Foi a nossa final, já que aconteceu o que aconteceu depois (É triste lembrar: a França ganhou por 3 a 0 na decisão). A gente saiu para jogar e eles também. Foi disputadíssimo. O que eu lembro é que eu seria o quinto batedor dos pênaltis, lembro daquele nervosismo... No momento das penalidades de Paraguai e Japão (ontem), fiquei lembrando daquilo. Eu sabia o que eles estavam passando.

ZH – Mas você nem precisou bater. Foi melhor?

Denilson — Eu queria bater. Já sabia o canto, seria o direito, que é mais fácil para mim, que sou canhoto. Aí o Emerson e o Dunga fizeram, o Taffarel pegou, e acabou.

ZH — E depois?

Denilson — A gente festejou bastante. Estávamos todos arrepiados com aquele jogo. Quando vê que passou e vai jogar uma final de Copa, a alegria é muito grande.

ZH — O que aquela Holanda tinha de melhor?

Denilson — O Kluivert vivia um momento espetacular, era o melhor. Todas as jogadas passavam por ele.