| 08/06/2010 07h52min
A chegada ao Brasil do presidente do Wolfsburg, Hans-Dieter Pötsch, poderá representar o ponto de partida para o retorno de Réver ao Grêmio. Em férias em São Paulo, o zagueiro queixa-se da falta de adaptação à Alemanha e admite reduzir seu salário para voltar ao Olímpico.
Pötsch, em princípio, pretende convencer Réver a cumprir os quatro anos que ainda tem de contrato com o Wolfsburg. Irá alegar que o clube pretende ver compensado o investimento de 5 milhões de euros feitos em sua contratação. Não descarta emprestá-lo a outro clube da Alemanha para facilitar a adaptação.
Sua intenção, porém, colide com a vontade do zagueiro de disputar a segunda parte do Brasileirão, a partir de julho. De preferência, pelo Grêmio.
— A família de minha mulher mora aí, tenho muito carinho pela torcida. Espero que também haja interesse do Grêmio — diz.
A volta também é sonho da mulher, Giovana, que pretende ver Alícia, a filha do casal, dois meses e meio, mais próxima dos avós. O interesse no retorno é confirmado pelo diretor de futebol Luiz Onofre Meira, que projeta qualificar a zaga para o restante do Brasileirão. O Grêmio espera que seja de Réver o passo inicial para obter sua liberação.
É visível a frustração do jogador com sua situação na Alemanha. Desde a chegada, em janeiro, atuou por apenas 15 minutos. Também há insatisfação com a situação financeira. O salário fica abaixo do imaginado.
— Algumas coisas do contrato não ficaram tão esclarecidas. O salário não é tão diferente assim. Não seria complicado um acerto — acredita.
O sonho de atuar pela Seleção Brasileira também o estimula a voltar. Réver sabe que Lúcio e Juan estarão fora da Copa de 2014. Como foi indicado ao Wolfsburg por Jorginho, auxiliar técnico de Dunga, não descarta ser convocado quando uma nova base for montada, após o Mundial da África.
Réver tem passagem de volta comprada para o dia 26 de junho. Dia 1º de julho, ocorre a reapresentação no Wolfsburg. Antes disso, ele pretende ter definido seu retorno ao Brasil.
Sem mudanças
Apenas propostas irrecusáveis poderão provocar alterações no grupo para o segundo semestre. Nem mesmo a saída de jogadores para reduzir os custos da folha é cogitada. O fim do pagamento de parcelas de luvas fará com que a folha volte ao patamar inicial de R$ 3 milhões.
Próximo jogo - 27 de junho
Nacional x Grêmio
Amistoso, em Rivera, Uruguai
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