| 24/04/2010 19h41min
Destaque do Inter no segundo semestre de 2009, Giuliano não conseguiu repetir as grandes atuações em 2010. Acabou saindo do time. Agora, deve ter uma ótima oportunidade para reconquistar espaço — ou pelo menos colocar uma dúvida na cabeça do técnico Jorge Fossati —, já que D'Alessandro deve começar o Gre-Nal de domingo no banco. Em entrevista neste sábado, o meia abriu o jogo. Admitiu que seu desempenho tem ficado abaixo do esperado e revelou que em parte, isso se deve ao esquema tático implantado por Fossati.
— Apesar de novo, eu tenho esta maturidade de saber que saí por opção técnica do treinador. Tenho a consciência tranquila. Sei também que não estava 100% fazendo o que o treinador estava pedindo. O que está faltando para mim é a agressividade ofensiva que eu tinha no ano passado. Era minha principal virtude. Eu pegava a bola e ia mais para a jogada pessoal. Estou um pouco mais acanhado, ansioso, em parte por causa mudança de esquema tático. Estou tentando recuperar essa objetividade.
Questionado sobre o motivo desta ansiedade, o meia explica:
— Agora eu tenho uma responsabilidade maior de marcação. Isso me inibiu um pouco. Às vezes eu fico com receio de ir para o ataque sabendo que tenho que voltar para recompor. Quando eu conseguir assimilar que, quando estou no ataque, eu não tenho que me preocupar com a marcação, o meu futebol vai fluir melhor e eu vou voltar a ser o Giuliano do ano passado.
Sobre o setor do Grêmio que mais mete medo, Giuliano não tem dúvida:
— É o ataque. Jonas e Borges estão em um grande momento. Sempre que eles estão em campo, acontecem gols. Temos que estar concentrados para marcar estes dois jogadores. Não somente eles, mas também o articulador, para que eles não possam fazer os gols, assim como fizemos em Erechim.
Segundo ele, nenhum dos rivais chega em vantagem para o clássico 380.
— Tendência e favoritismo em Gre-Nal não existe. O momento do Grêmio é muito bom. Apesar de eles terem perdido o jogo, eles se classificaram e vinham há não sei quantos jogos sem perder depois daquela derrota para nós lá em Erechim. Em compensação, do nosso lado a gente vem de uma vitória boa, convincente. A confiança do nosso lado é muito grande. Não existe favoritismo, é um jogo diferenciado — acredita.
"Está me faltando a agressividade ofensiva que eu tinha no ano passado", disse Giuliano
Foto:
Amauri Knevitz
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