| 10/04/2010 12h30min
No primeiro turno da Gauchão, na Taça Fernando Carvalho, o Inter foi desclassificado na semifinal pelo Novo Hamburgo. Já na Taça Fábio Koff, o Grêmio caiu diante do Pelotas, nas quartas. A competitividade da disputa é resultado de dois fatores: a maior verba repassada pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF) para os clubes do Interior, além da mudança de formulismo, que ocorreu em 2007. Quem garante isso é o próprio presidente da FGF, Francisco Novelletto Neto.
– O Gauchão deste ano surpreendeu em todos os sentidos. Em emoção, jogos, média de gols, arbitragem. Foi tão bom que minha preocupação já é em como repetir isso em 2011 – disse Novelletto.
Semifinalista da Fernando Carvalho, o técnico do São José, Argel, vai adiante. Para o treinador, trata-se do melhor Estadual de todos os tempos.
– Nunca na história teve um campeonato tão competitivo. Nas fases de classificação não teve um 0 a 0. Todo mundo sai ganhando com uma competição melhor. Há uma divulgação maior, tanto para o clube quanto para os atletas – opina Argel.
Durante a coletiva desta sexta, o técnico do Inter, Jorge Fossati, admitiu que a competição está equilibrada.
– Nos quatro jogos (das quartas de final), o favorito ou passou problemas, chegando aos pênaltis, como nós e o São José, ou saiu, como o Caxias e o Grêmio. Isso é uma lei no futebol: não tem jogo ganho. A lógica no futebol existe, mas você tem que provocar a lógica, ela não vai se provocar sozinha – comentou.
Duas equipes que conseguiram crescer na competição e garantir a classificação para as semifinais foram o Ypiranga e o Pelotas. Técnico do time de Erechim, Agenor Piccinini acredita que as competições futuras tendem a melhorar se as equipes do Interior entraram pensando em tentar disputar o título, e não apenas para não cair.
– Em 2010, a competição foi mais igual. Mas muitos clubes se empenharam mais no primeiro turno para evitar o rebaixamento. Poucos times manteram o nível e cresceram na Fábio Koff, como o Ypiranga. Acho que os clubes poderiam entrar para buscar algo a mais – afirma Piccinini.
Para o técnico Beto Almeida, o Pelotas alcançou o melhor momento técnico no segundo turno do Gauchão. Nas quartas, a equipe conseguiu eliminar o Grêmio e ainda tirar uma invencibilidade de 51 jogos do time da Capital no Olímpico.
– Não há dúvida alguma que o fato da FGF ter dado um auxílio maior aos clubes ajudou. Quando traçamos nosso objetivo, o pensamento sempre foi muito grande. Tivemos tolerância zero nas contratações para acertar os reforços na hora de manter o time. Quando o grupo começou a se reunir, sempre colocamos que muita coisa boa estava para acontecer – disse Beto Almeida.
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