| 01/03/2010 16h08min
A declaração do técnico Silas para que o zagueiro Mário Fernandes cuide melhor da alimentação e tome café da manhã segue repercutindo. O treinador manteve seu discurso nesta segunda, em entrevista ao programa Arena SporTV. Segundo ele, o jogador precisa amadurecer mais para brigar por lugar na zaga. Atualmente, o atleta vem sendo aproveitado como lateral-direito, mas ele sempre afirma em entrevistas o desejo de atuar na posição de origem.
– Quando falei do Mário, incluo o Fernando, o Maylson, Mithyuê, Bruno Collaço, jovens promessas, mas que por enquanto não passaram disso. Precisa ter cuidado para em dois, três anos não se perderem. O Mário tem potencial para Seleção Brasileira e Europa, porém necessita de mais tempo. Não sei se ele tem 30 jogos como titular no Grêmio. Tenho que cuidar disso como comandante – declarou.
– Na idade deles eu era a mesma coisa. Tudo isso é uma preocupação para que ele, em tempo curto, se torne o grande jogador que está pintando ser – completou.
Silas comentou ainda a pressão da decisão com o Novo Hamburgo. A vitória significou tranquilidade para os atletas na sequência do trabalho.
– O Victor, por exemplo, apesar de ser goleiro na Seleção, não havia conquistado título aqui ainda. Saiu um peso das costas. Foi um título importante, que pode significar uma nova etapa para o Grêmio – salientou.
O treinador refutou a ideia de que estivesse ameaçado no cargo, no entanto reconheceu que a cobrança por resultados é intensa em uma equipe como o Grêmio:
– Aumentou a responsabilidade depois da conquista do primeiro turno. Essa pergunta talvez fosse melhor dirigida para o Duda ou o Meira, eles que têm esse poder (sobre a troca de técnico). Eu sei que no Brasil futebol é resultado. Vim para o Grêmio sabendo disso. Mas sei que o clube busca manter o treinador – explicou.
O comandante disse também como procura lidar com as cobranças dentro e fora do Olímpico:
– Procuro dar 100% de mim para quando sair do estádio, o trabalho ficar lá. Hoje fui jogar tênis de manhã, para tentar dar uma aliviada, e um cara falou para eu colocar fulano no time. Respondi: "quem está aqui hoje não é o treinador, mas o cidadão" – declarou.