| 22/01/2010 23h35min
Nem a chegada do veterano César Prates na manhã desta sexta-feira, dia 22, amenizou o clima no JEC após a derrota para o CFZ Imbituba. Nos bastidores, o ambiente ferveu até o início da noite, quando uma reunião determinou a permanência do técnico Sergio Ramírez, ameaçado após discutir com o presidente do clube, Márcio Vogelsanger.
A dificuldade de relacionamento entre os dois foi o tema do encontro, que contou com a presença do uruguaio. Por pouco ele não deixou o cargo. Desde quarta-feira, Ramírez tinha a carta de demissão em mãos, segundo o dirigente do departamento jurídico do clube, Rufino Boing. Bastava assinar o documento para confirmar a saída.
Na última quarta-feira, véspera da partida em que o JEC perdeu para o Imbituba, Ramírez e o presidente discutiram. O treinador queria relacionar 19 atletas, enquanto o combinado era 18. A briga começou no vestiário e continuou na sede administrativa do clube. Durante a discussão, o técnico pediu demissão.
Vogelsanger aceitou, pediu para o
departamento jurídico preparar a carta demissionária e o treinador levou o documento para casa.
O contrato de Ramírez com o Joinville era por tempo indeterminado e não havia multa rescisória em caso de quebra de contrato:
— Deixamos claro o que é o nosso papel e o que é o dele. Ele é funcionário do clube e precisa respeitar a hierarquia. Ao fim do encontro, ele aceitou nossas exigências e continua no cargo — resumiu o presidente.
Agora a concentração se volta para a partida contra o Figueirense, às 17h deste domingo, dia 24, na Arena. César Prates deve apenas assistir. A expectativa é que daqui uma semana ele já possa estar a disposição.
— Estou bem fisicamente, vinha fazendo academia diariamente e correndo na praia —garantiu.
Sérgio Ramirez (de costas na foto) e o presidente Vogelsanger não mantêm bom relacionamento
Foto:
Fabrizio Motta