| 17/11/2009 07h17min
O atacante brasileiro Amauri, da Juventus, que espera receber a cidadania italiana para que possa ser convocado para a seleção do país, deverá retirar seus documentos somente após o dia 5 de março, segundo o Ministério do Interior. Com isso, o brasileiro não terá chance de estrear pela Azzurra antes da Copa do Mundo de 2010, já que o último amistoso da equipe antes da competição está marcado para o dia 3 de março, contra adversário ainda não definido.
Amauri já disse anteriormente estar disposto a defender a Itália. Da mesma forma, o técnico Marcelo Lippi espera poder contar com seu futebol, principalmente diante da indefinição no ataque de seu time. Hoje, o presidente da Federazione Italiana Giuoco Calcio (FIGC), Giancarlo Abete, admitiu que Amauri poderá ser chamado.
— Não queremos nem determinar a perda de identidade da seleção nem agir com discriminação em relação a quem quer que seja — assegurou Abete, acrescentando, por outro lado, que o número de estrangeiros
na seleção italiana deve
ser reduzido:
— Há uma política da federação que tende a não permitir além da medida a presença na seleção de jogadores não nascidos na Itália. O próprio Lippi disse que se tratava de uma situação limitada a poucos jogadores — esclareceu.
A possível convocação do brasileiro também gerou críticas de jogadores. Hoje, o atacante Giampaolo Pazzini, da Sampdoria, disse se "incomodar" com a hipótese de que Amauri dispute o Mundial da África do Sul pela Itália.
— Entendo se alguém é meio italiano e meio brasileiro. Mas outra coisa é não ser nada italiano — opinou Pazzini, que terá a chance de se firmar no ataque italiano no amistoso de quarta-feira contra a Suécia.