| 02/10/2009 03h47min
Sete anos após deixar o Grêmio, o ex-meia Zinho está outra vez vinculado ao clube. Agora, na condição de participante dos lucros das futuras vendas de jogadores. Este é um dos termos do acordo firmado em Miami entre sua advogada, Cynthia Falchet, e os representantes do Grêmio, Alberto Guerra e Cláudio Batista. No encontro, ficou acertada a quitação de uma dívida de R$ 7,6 milhões.
O débito começará a ser pago com uma entrada de R$ 2,5 milhões, que o Grêmio vai retirar do novo contrato com o Banrisul. Zinho, hoje técnico do Miami FC, virá a Porto Alegre receber o dinheiro. É possível que compareça ao Olímpico, domingo, para assistir a Grêmio e Sport.
A partir de então, Zinho, que foi do Grêmio entre 2000 e 2002, terá direito a 10% da venda de jogadores, até chegar aos R$ 5,1 milhões restantes.
– Até agora, nenhuma gestão havia me procurado para resolver o caso – comemora ele.
Zinho também recebeu outra garantia de pagamento.
Ficará com a carta de crédito usada pelo Spartak
Moscou, da Rússia, para completar o pagamento do volante Rafael Carioca, adquirido no final de 2008. Caso deixe de receber o percentual sobre os futuros negócios, poderá resgatá-la.
Ação de Zinho previa penhora do Olímpico, agora levantada
Diante de tantas garantias, sua advogada concordou em retirar a ação, que tramitava desde 2003 na 18ª Vara Cível de Porto Alegre, já em fase de execução. Por decisão judicial, o Estádio Olímpico, que havia sido penhorado como garantia de pagamento, iria a leilão em 2010. A área estava avaliada em R$ 65 milhões.
O fim da penhora também permite que o imóvel seja repassado à construtora OAS num prazo de três anos, tempo previsto para que fique pronta a arena do clube, no bairro Humaitá.
Zinho deixou o Grêmio em agosto de 2002. Sua rescisão de contrato foi de R$ 2 milhões, valor que recebeu em notas promissórias. Como não conseguiu resgatá-las, ingressou com ação contra o
clube.