| 01/10/2009 11h20min
Vinte desportistas norte-americanos vinculados com Chicago ou com os Jogos Olímpicos protagonizaram nesta quinta a última sessão pública desta candidatura antes da eleição de sexta, da sede de 2016. Em discursos emocionados, personalidades de várias modalidades defenderam a cidade norte-americana.
Os já aposentados David Robinson, Dikembe Mutombo e Bart Conner e a atual campeã olímpica de ginástica Nastia Liukin fizeram discursos emocionados, baseadas em suas próprias biografias, em torno ao "legado" que deixariam os Jogos na cidade e na juventude dos Estados Unidos.
Algumas intervenções acabaram em lágrimas, como as da desportista paraolímpica Linda Mastandrea. Ela lembrou que sempre sentiu os Jogos como algo alheio até que na Universidade de Illinois descobriu o basquete em cadeira de rodas.
– O Movimento Olímpico tem o poder de fazer com que o povo saiba mais sobre si mesmo, sobre suas possibilidades – afirmou.
Bart Conner, ex-ginasta ganhador de duas medalhas olímpicas e marido de Nadia Comaneci, fez um emocionante relato sobre sua trajetória esportiva, que começou em uma escola pública de Chicago.
– Os próprios professores me guiaram desde o colégio até os Jogos Olímpicos – lembrou, para ressaltar que Chicago "tem as instalações e o povo" para deixar "uma herança" à juventude da cidade e o país.
O ex-jogador de basquete David Robinson afirmou que não pedem os Jogos "para Chicago ou Estados Unidos, mas para acolher ao mundo sem barreiras culturais ou políticas". Seu colega Dikembe Mutombo acrescentou que os Estados Unidos "representam pessoas de muitas partes do planeta" e se definiu como "porta-voz da comunidade".
– Chicago pode mostrar ao mundo que queremos contribuir à melhora da sociedade. Vamos marcar a diferença – disse Mutombo, nascido em Kinshasa, no Congo, em 1966.
Os desportistas acreditam que Chicago tem "méritos próprios" para impor-se na eleição de dexta ante Tóquio, Rio de Janeiro e Madri, mas agradecem ao apoio do casal Obama.
– Não estão aqui porque sejam de Chicago, mas porque acreditam no projeto de Chicago – afirmou Conner.
LANCEPRESS