| 02/09/2009 05h15min
É com visível impaciência que Willian Magrão conta as horas até o dia 4 de outubro, data de Grêmio e Sport, no Olímpico. Pelos cálculos do volante, uma das ausências mais lamentadas pelos torcedores, somente nesta data ele poderá jogar de novo.
Até lá, terão se passado oito meses do domingo calorento em Santa Cruz do Sul em que ele sofreu lesão do ligamento cruzado anterior do joelho direito, associada à do colateral medial. Foram 144 dias só de fisioterapia. Ou 864 horas entre as quatro paredes do vestiário, tendo como única companhia Mithyuê, que havia sofrido lesão semelhante.
– Foi o dia mais triste da minha vida – diz Magrão, ao recordar o lance em que subiu para cabecear uma bola e, na descida, sentiu “um estalo”, quando seus 81 quilos apoiaram-se sobre o joelho direito. Na hora, percebeu que o pior havia acontecido.
A cirurgia só foi ocorrer dia 6 de março. Antes, os médicos precisaram realizar tratamento conservador para a lesão do ligamento
medial.
– O que mais me
incomodou foi ficar fora da Libertadores. E, claro, a forte dor que sentia nos primeiros dias – conta Magrão.
Fora da Libertadores, o volante também viu passar a chance de entrar nos planos de algum clube da Europa, como havia acontecido antes com Rafael Carioca. Juntos, os dois haviam formado a melhor dupla de volantes do Brasileirão anterior.
Em compensação, aprendeu a arte da resignação. O tratamento era feito, em média, seis dias por semana, incluindo sábados, domingos e feriados. Para que o jogador não perdesse o convívio com os colegas, o fisioterapeuta Henrique Valente, nove anos de clube, o convocava para a fisioterapia mesmo em dias de jogo.
– A tecnologia com que o Grêmio trabalha nos mostra que ele ainda precisa adquirir mais força. Por isso, o retorno será gradual – explica Valente, referindo-se ao aparelho isocinético que mede o equilíbrio muscular e a potência dos jogadores.
– Não tem problema. Ainda pego umas 10
partidas do campeonato – garante Magrão.
Trabalho duro |
- Willian Magrão rompeu os ligamentos do joelho direito dia 15 de fevereiro, em Santa Cruz do Sul, contra o Avenida |
- A cirurgia foi realizada dia 6 de março |
- 48 horas depois, o jogador iniciou a fisioterapia |
- Foram 144 dias de sessões de fisioterapia, cada uma com seis horas de duração |
- Ao todo, foram 864 horas |
- Quatro meses após a cirurgia, Magrão começou a fazer corridas leves |
- Atualmente, sob a orientação do fisioterapeuta Henrique Valente, realiza trabalhos com bola. Ainda não participa de coletivos |
- Sua previsão é voltar dia 4 de outubro, no Olímpico, contra o Sport |
Quando tiver condições, Willian Magrão terá forte concorrência na segunda função do meio-campo, com Adílson, Rochemback e Túlio
Foto:
Mauro Vieira