| 21/08/2009 11h40min
Jacob Semenya, pai da velocista sul-africana Caster Semenya, não gostou de saber que a filha teria de realizar um teste para provar que é mulher. Ele negou as acusações de que a campeã dos 800m do Mundial de Atletismo de Berlim é, na realidade, um homem.
– Ela é minha garotinha. Eu a criei e nunca duvidei de seu gênero. Ela é uma mulher e eu posso repetir isso um milhão de vezes – disse Jacob ao site do jornal inglês The Guardian.
Caster Semenya superou suas rivais com uma margem de diferença grande na decisão dos 800m. Familiares, amigos e ex-professores da alteta na África do Sul lembram como ela jogava futebol com os garotos e vestia calças em vez de saias. Ainda assim, todos salientaram que ela é definitivamente uma mulher.
– Pela primeira vez os sul-africanos têm alguém para se orgulhar e os detratores já estão berrando. Gostaria que eles deixassem minha filha em paz – disparou o pai da campeã mundial.
A desconfiança em relação a Semenya aumentou com a grande diferença em relação às adversárias na prova dos 800m. Ela completou a prova em 1min55s45, enquanto a segunda colocada, a queniana Janeth Jepkosgei Busienei, que defendia o título, fez 1min57s90, e a terceira, a britânica Jennifer Meadows, fez 1min57s93. Por isto, as autoridades do atletismo pediram aos oficiais sul-africanos para realizarem o teste na corredora.
A avô de Semenya, Maphuthi Sekgala, faz coro às declarações do pai:
– Eu sei que ela é uma mulher. Eu mesmo a criei. Ela me telefonou depois (das baterias) e me disse que acham que ela é um homem. O que eu posso fazer se a chamam de homem quando ela na realidade não é um homem? – questiona Maphuthi.
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