| 19/08/2009 14h15min
A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) confirmou a presença da sul-africana Caster Semenya na final feminina dos 800m no Campeonato Mundial, nesta quarta-feira, às 16h35min (de Brasília), no Estádio Olímpico de Berlim. A participação da atleta havia sido posta em dúvida após um jornal australiano publicar a informação de que ela foi submetida a testes para identificar se realmente é uma mulher. As informações são do GloboEsporte.com.
A sul-africana teria começado a levantar suspeitas por conta de sua aparência e de seus resultados na temporada. Caster Semenya, de 18 anos, tem a melhor marca do ano nos 800m, 1m56s72, estabelecida num meeting nas Ilhas Maurício há três semanas.
A Federação Sul-Africana de Atletismo (ASA) garante que não teria levado Semenya para Berlim caso tivesse dúvidas quanto ao seu sexo. No entanto, em entrevista à imprensa sul-africana, um membro da delegação do país afirma que a atleta realmente foi submetida a testes antes do Mundial, mas não soube precisar o motivo dos exames e nem mesmo se os resultados já foram divulgados.
Testes para provar o sexo de atletas femininas são feitos há décadas sempre cercados de controvérsias. Antes dos Jogos Olímpicos, algumas atletas consideradas suspeitas são submetidas a exames. Um dos casos mais famosos de suspeita em relação a uma atleta aconteceu justamente em Berlim. Medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1936 na capital alemã - e ouro em Los Angeles 1932 -, a polonesa Stella Walsh tinha a chamada "genitália ambígua", problema congênito em que os genitais externos não apresentam a aparência típica de nenhum dos dois sexos.
A descoberta aconteceu somente em 1988, após a morte de Walsh, quando médicos examinavam seu corpo.