| 11/08/2009 14h55min
O emprego do técnico do Inter, Tite, ficou a perigo com a sequência de resultados negativos que veio após a perda da Copa do Brasil e se agravou com a derrota para a LDU na Recopa Sul-Americana. Em meio a isto, dois técnicos de nome estavam desempregados: Muricy Ramalho, agora no Palmeiras, e Wanderley Luxemburgo, hoje comandando o Santos. Sabendo da situação, três líderes do grupo colorado procuraram Tite para garantir que ele teria todo o apoio do plantel.
– O próprio treinador sente quando seu cargo pode estar em perigo. Eu, Guiñazu e Magrão conversamos com ele. Dissemos que sabíamos que o momento não era favorável, mas que ele poderia contar conosco dentro de campo, pois faríamos o possível para o time ficar mais forte com ele – revelou o lateral-direito Bolívar, que concedeu na tarde desta terça uma entrevista ao programa Arena SporTV.
Direto do estúdio da RBS TV, em Porto Alegre, Bolívar disse que uma mudança no comando técnico não seria boa para o Inter, já que os jogadores estavam habituados com o estilo de trabalhar do treinador. Mas, segundo o lateral, existia uma pressão fora do Beira-Rio para que Tite deixasse o clube.
– Com Muricy e Luxemburgo desempregados, diante de qualquer situação negativa em qualquer clube do Brasil, a mídia queria vê-los empregados. Ainda mais no Inter, que é um grande clube com um excelente plantel – explicou o jogador.
Mas este não foi o único motivo que levou os jogadores colorados a darem seu apoio a Tite. De acordo com o lateral-direito colorado, a relação entre os atletas e o treinador é muito boa.
– Gostamos muito do Tite. Ele tem carinho pelos jogadores. Além de treinador, é um pai, que pode sentar conosco e conversar sobre nossos problemas particulares. Sabíamos que teríamos de dar uma força a ele – afirmou.
Com os resultados recentes – a conquista da Copa Suruga e a goleada por 3 a 0 desta segunda sobre o Sport –, o Colorado deu sinais de que deixou a má fase de lado. Segundo Bolívar, a reação começou na viagem ao Japão para o duelo contra o Oita Trinita.
– Totalizando, foram 42 horas entre avião e ônibus até Oita. Foi uma viagem boa, na qual pudemos entrosar cada vez mais a equipe e conversar sobre o que não vinha dando certo – declarou.
A polêmica Fernandão
Bolívar também comentou a ida do atacante Fernandão, com quem foi campeão da Copa Libertadores de 2006, para o Goiás. Ele disse que o grupo não se surpreendeu com a decisão do jogador, ressaltando que ele disse não ter sido procurado pelo Inter.
– Esta decisão é particular. Como ele mesmo frisou, não foi procurado pela direção do Inter, e neste meio tempo o Goiás o procurou. E ele optou pelo Goiás por também ter identificação com esse clube. Não ficamos surpresos. Não é porque ele não voltou para o Inter que ele vai perder a moral com o povo colorado – disse Bolívar.
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