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 | 21/06/2009 12h10min

A experiência de Paulo Autuori contra a liderança de Adílson Batista

Grêmio e Cruzeiro decidem vaga na final da Copa Libertadores 2009

A semifinal brasileira da Copa Libertadores 2009 terá dois personagens centrais. De um lado, o experiente e determinado Paulo Autuori, treinador do Grêmio. No outro, o líder e organizado Adílson Batista, do Cruzeiro. Ambos lutam para chegar a final da competição e garantir vaga no Mundial de Clubes no final do ano.

O carioca Paulo Autuori começou a carreira no futebol em 1975, na Portuguesa-RJ. Onze anos depois, comandou o primeiro clube: o Botafogo. Teve passagens por quatro equipes de Portugal, duas no Peru e a seleção peruana, uma no Japão e uma no Catar. No Brasil treinou o time carioca e mais seis times, até assumir o Grêmio em 2009. O atacante Amoroso, que trabalhou com o técnico em 2005 no São Paulo, afirma que Autuori é um vencedor e está acostumado a vencer grandes competições.

– Para mim, o Autuori não foi um técnico, foi um mestre e um grande paizão. É um grande vencedor, porque sabe e entende sobre decisões, ainda mais Copa Libertadores. Está acostumado a ganhar e já trabalhou em muitos clubes importantes – disse o jogador.

Autuori já conquistou duas Copas Libertadores e um Mundial de Clubes. A experiência e a determinação são suas principais credenciais.  Amoroso ainda destacou o caráter como a principal qualidade do técnico, além de ser amigo e dar muitas oportunidades aos jogadores.

– Ele acredita em você, pois acha que você pode fazer a diferença. Autuori sabe lidar com estrelas e jogadores acima da média. Por isso, todos precisam aproveitar ao máximo a oportunidade, pois ele tem competência, visibilidade e caráter. É de grupo e nunca se pareceu com os treinadores cabeça de bagre que não ensinam nada. Por isso tem tudo para levar esse título – afirma o atacante.

Já o paranaense Adílson Batista encerrou a carreira de jogador em 2000 em busca do sonho de virar técnico. Em 2001, assumiu o Mogi-Mirim-SP. Também treinou sete times brasileiros e o Júbilo Iwata, do Japão. Voltou ao Brasil em 2008 e assinou contrato com o Cruzeiro. O ex-lateral Roger elogia a postura de Adílson como comandante e afirma que ele é um dos melhores estrategista do país.

– Sou suspeito para falar, porque trabalhei com o Adílson jogador e o treinador. Como zagueiro era um líder nato no grupo, comandava e tinha uma qualidade técnica indiscutível. Já como treinador, ele é um dos melhores estrategistas no Brasil – conta Roger.

 Em 2003, Adílson assumiu o Grêmio numa situação difícil. O Tricolor estava na zona do rebaixamento no Brasileirão daquele ano. E conseguiu se recuperar com a ajuda do treinador. E a principal característica aplicada por ele nesta e em qualquer ocasião é a organização tática de seus times. Roger diz que o técnico é diferenciado e que a disputa será entre os melhores comandantes do país. E torcerá pelo time gaúcho:

- Gostei muito de trabalhar com ele no Grêmio, na minha última passagem pelo clube. Ele foi corajoso em assumir o clube e tirou a equipe da lanterna. Se projetou rapidamente, por isso se diferencia dos demais. Simpatizo com o Adílson e desejo o sucesso dele. Mas torço para o Tricolor ficar com a taça na final.

As equipes treinadas pelos dois técnicos
Paulo Autuori
1986 - Botafogo
1986-1987 - Vitória-POR
1987-1989 - Nacional-POR
1989-1991 - Vitória-POR
1991-1995 - Marítimo-POR
1995 - Botafogo
1996-1997 - Benfica-POR
1997-1998 - Cruzeiro
1998 - Flamengo
1999 - Botafogo
1999 - Inter
2000 - Santos
2000 - Cruzeiro
2000 - Vitória-POR
2001 - Alianza Lima-PER
2001 - Botafogo
2002-2003 - Sporting Cristal-PER
2003-2005 - Seleção peruana
2005 - São Paulo
2006 - Kashima
2006-2007 - Cruzeiro
2007-2009 - Al-Rayyan
2009 - Grêmio
Adílson
2001 - Mogi-Mirim
2002 - América-RN
2002 - Avaí
2003 - Paraná
2003-2004 - Grêmio
2004 - Paysandu
2005 - Sport
2005-2006 - Figueirense
2006-2007 - Júbilo Iwata
2008 - Cruzeiro  
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