| 11/06/2009 08h46min
Com a vitória desta quarta sobre o Paraguai em Recife, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, Dunga completou 40 jogos com a Seleção Brasileira. Desde 2006 no comando, o treinador passou por momentos difíceis, acumulou bons resultados contra forças do futebol mundial e tem um respeitável aproveitamento de 73,3%. São 26 vitórias, 10 empates e quatro derrotas, curiosamente todas por 2 a 0 – para Portugal e México, em 2007, e Venezuela e Paraguai, ano passado. O Brasil marcou 82 gols e sofreu 26.
Robinho é o grande símbolo da Seleção de Dunga. O atacante foi a estrela do principal título conquistado pelo treinador, a Copa América de 2007, e ficou fora de apenas uma das 40 partidas (a derrota por 2 a 0 para Portugal). Além disso, o atacante do Manchester City é o artilheiro da Seleção com 13 gols. Luís Fabiano vem logo atrás com 12, seguido por Kaká, com 11 gols.
Dunga estreou na Seleção em 2006 com um empate em 1 a 1 com a Noruega. Era a primeira experiência do capitão do tetracampeonato de 1994 como treinador. Por isso, o torcedor olhava para ele com muita desconfiança. Mas logo na segunda partida, o Brasil venceu a Argentina por 3 a 0, em amistoso realizado em Londres.
Na Copa América de 2007 veio o primeiro título. Após estrear com uma derrota para o México, a Seleção passou pelos rivais e conquistou o título em cima da Argentina na final.
Momentos ruins em 2008
Dunga suportou uma forte pressão no ano passado, que começou com a histórica derrota por 2 a 0 para a Venezuela em um amistoso nos Estados Unidos. Até o jogo realizado no dia 6 de junho de 2008, os dois países haviam se enfrentado 16 vezes, com 16 vitórias brasileiras.
Depois veio mais um tropeço, para o Paraguai, em Assunção, e um empate sem gols com a Argentina, no Mineirão, pelas Eliminatórias. As críticas vieram com força. Para piorar, a seleção olímpica foi massacrada pela Argentina de Messi e Riquelme na semifinal dos Jogos Olímpicos de Pequim. Derrota por 3 a 0 com direito a olé.
O treinador foi a Santiago enfrentar o Chile em situação delicada nas Eliminatórias. O Brasil havia caído para sexto lugar na classificação, mas a vitória por 3 a 0 no Estádio Nacional aliviou o clima. Na partida seguinte, empate sem gols no Rio de Janeiro com a então lanterna Bolívia. E novas críticas. A seleção então foi até a Venezuela e venceu por goleada: 4 a 0. Mas voltou a sofrer com a síndrome dos jogos em casa com o empate sem gols com a Colômbia, no Maracanã. Era o terceiro seguido como mandante nas Eliminatórias.
Goleada sobre time de Cristiano Ronaldo
A virada começou com a goleada por 6 a 2 sobre Portugal, do melhor jogador do mundo Cristiano Ronaldo, em amistoso realizado em Brasília. No jogo seguinte, vitória sobre a Itália por 2 a 0. E as críticas contra a Seleção ficaram no passado. Principalmente após a histórica goleada por 4 a 0 sobre o Uruguai, no último domingo no Estádio Centenário, que encerrou um tabu de 33 anos. E o primeiro lugar nas Eliminatórias Sul-Americanas com 27 pontos.
Um das principais características da Seleção sob o comando de Dunga é o forte setor defensivo. O Brasil não sofreu gols em 22 dos 40 jogos. Em apenas em oito partidas a equipe sofreu mais de um gol. Nas Eliminatórias, o Brasil é dono da melhor defesa com apenas seis gols sofridos em 14 rodadas.
Desde que assumiu a Seleção,, Dunga utilizou 58 jogadores diferentes. Algumas apostas deram certo, como Felipe Melo. Outras, como Afonso Alves, viraram motivo de críticas e caíram no esquecimento.
O treinador tem um bom retrospecto contra seleções sul-americanas. Foram 23 jogos, com 14 vitórias, sete empates e duas derrotas, 52 gols marcados e 12 gols sofridos. Agora, o treinador vai ter mais uma prova de fogo com a disputa da Copa das Confederações, na África do Sul. O Brasil estreia no dia 15 contra o Egito.
As informações são do site Globoesporte.com.