| 28/05/2009 13h10min
Fernando Gomes, 22/09/2009
Depois do resultado ótimo e da atuação não mais do que mediana no empate em 1 a 1 contra o Caracas, na Venezuela, o técnico Paulo Autuori tem uma chance de ouro nas mãos. Como o jogo da volta é só no dia 17 de junho, não há mais razões para adiar a adoção do 4-4-2.
O ideal seria que a mudança seja encaminhada já contra o Vitória-BA, pelo Brasileirão, no domingo.
Só se for urgente poupar alguns titulares sob risco de lesão em Salvador. Aí é bom mesmo não mexer demais na equipe. Do contrário, se o Grêmio encarar o
Barradão e o técnico gaúcho Paulo Cézar Carpegiani com força máxima, que o faça sem Rafael Marques e com o quarteto Túlio, Adilson, Souza e Tcheco no meio-campo. E
exercitá-lo ao máximo até enfrentar o Caracas no Olímpico.
Na Venezuela, ontem, os ajustes promovidos por Autuori no 3-5-2 para torná-lo um 4-4-2 disfarçado não funcionaram. Apesar dos esforços de marcação e do posicionamento mais pelo meio de Ruy e Fábio Santos, faltou gente na zona intermediária defensiva e ofensiva do Grêmio. Quando um ou outro subiam, naturalmente os meias se retraíam. Assim, não raro Tcheco foi visto quase como volante, como nos velhos tempos de Celso Roth.
Portanto, Autuori precisa acelerar o ingresso do 4-4-2 na vida do Grêmio.
Não por ser o melhor esquema do mundo. O Barcelona acaba de encantar o mundo ganhando todos os campeonatos que disputou até agora (Liga Espanhola, Copa do Rey e Liga dos Campeões) com três atacantes, Messi, Henry e Eto'o. Ganha-se e perde-se com qualquer esquema. Não se trata de questão ideológica.
Mas está claro que este 3-5-2, além de não ter dado
título algum ao Grêmio, agoniza em praça pública. Melhor matá-lo
de uma vez e, assim, poupar sofrimentos.