| 02/05/2009 02h05min
As autoridades de saúde do México recomendaram aos partidos e à Justiça eleitoral que as próximas campanhas políticas, que começam no domingo, ocorram sem aglomerações e de preferência através de meios de comunicação.
— As recomendações são no sentido de evitar aglomerações e sugerimos que as atividades aconteçam de outras formas, como por meios de comunicação — disse em coletiva de imprensa o secretário (ministro) de Saúde, José Ángel Córdova.
Córdova lidera o comitê governamental para enfrentar a situação causada pela epidemia da gripe suína, que castiga o país e já deixou 16 mortos e 381 pessoas infectadas. Em 5 de julho ocorrerão as eleições federais para renovar os 500 deputados da câmara baixa, além de governadores, prefeitos e legisladores locais em 14 dos 32 estados do país.
O início da campanha ainda está previsto para o próximo domingo, apesar de o país viver uma situação de emergência em que foi ordenada a suspensão de todo tipo de
eventos grandes. Em 23 de abril, o
governo decretou um alerta sanitário depois que foi comprovada a presença de um vírus totalmente novo e agressivo, o AN1N1, conhecido como gripe suína.
Para frear a propagação do vírus, as autoridades ordenaram a suspensão de atividades escolares em todos os níveis, o cancelamento de eventos esportivos de massa e de entretenimento. Além disso, foi ordenada a redução, desta sexta até a próxima quarta-feira, de atividades econômicas que contribuam para a concentração de pessoas.
As medidas interferem nas campanhas políticas, por isso que o Instituto Federal Eleitoral (IFE) deverá analisar e determinar as formas dessas atividades ou seu adiamento caso necessário. O secretário de Saúde explicou que se reuniu com as instituições eleitorais e com os presidentes dos partidos políticos para explicar a situação.
Córdova disse que também se pediu ao IFE que suspenda as atividades de capacitação dos cidadãos convocados para se encarregar do processo nas mesas
eleitorais. Os partidos políticos
se somaram a essas preocupações e sugeriram o adiamento das campanhas e a redução dos mecanismos de propaganda política.
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Ativistas caminharam nesta sexta-feira pelas ruas da Cidade do México, durante manifestação com a cabeça de um porco
Foto:
Mario Guzmán, EFE