Em um típico clássico, marcado pelo equilíbrio, a Cimed venceu o Minas e desempatou o histórico de confrontos entre as equipes nesta Superliga. Agora, com três vitórias contra duas dos mineiros, o time de Florianópolis abre vantagem na classificação e se isola ainda mais na ponta, com dois pontos de diferença sobre o grupo comandado por Mauro Grasso.

A equipe catarinense, diante de um Capoeirão lotado, fez 3 sets a 0 (29 a 27, 25 a 21 e 25 a 19) nos visitantes. Destaque para o ponteiro Thiago Alves, que estava em uma noite embalada. O ponteiro-passador da Cimed cumpriu seu papel e jogou solto na entrada-de-rede. Além disso, com a defesa bem posicionada, o time de Florianópolis teve mais volume de jogo e aproveitou os contra-ataques durante toda a partida.

— Acho que é importante ir para o último torneio com esta vantagem. Menos de uma semana, fizemos um jogo ruim em Minas, e um ótimo resultado diante da torcida. Uma equipe grande como a nossa, não aceita um resultado como aquele que tivemos em Belo Horizonte — disse o melhor jogador da partida, Thiago Alves, sobre o jogo que antecedeu à final, em que a Cimed perdeu para o Minas.

O Minas sentiu o mau momento de Ezinho e perdeu sua segurança na quadra. As principais bolas eram na saída-de-rede, com Igor, e no meio, com Henrique. Maurício também perdeu a estabilidade em momentos importantes da partida, fazendo com que Rafinha usasse mais as bolas de velocidade com os centrais.

— Sem dúvida foi um jogo diferente. Este placar não é a realidade. Vacilamos nos detalhes. Tudo o que eu pedia para acertarmos, erramos. Em um jogo deste nível, onde um bloqueio gera 25 a 23, não podemos nos permitir errar. Sacamos mal, precisamos melhorar a atenção para os próximos jogos — analisou Mauro Grasso, técnico do Minas.

O jogo

O primeiro set começou com os times se arriscando. Muitos pontos e muitos erros de saque, mas duas equipes motivadas a vencer e a definir tudo logo no início da partida. Foram trës pontos neste fundamento para cada lado. A Cimed, porém, precisou compensar seus erros de saque com eficiência extra no ataque. No total, foram nove pontos do Minas anotados em erros do adversário. Henrique dominava a rede dos visitantes, enquanto Lucão e Thiago Alves se sobressaíam pela equipe da casa. Foram 26 minutos e 56 pontos disputados, prova de muito equilíbrio e fôlego das equipes.

No segundo set, mudou totalmente a tônica da partida. O técnico da Cimed pediu segurança. Não queria mais o time arriscando demais nos saques. Foi apenas um ponto de saque, do Minas. O diferencial foi o bloqueio. A Cimed se acertou na frente, anulou Ezinho e também dificultou as bolas de Maurício, acabando com as oportunidades de bola de segurança. Restou ao Minas mexer, colocar Dante, tentar aumentar a rede e modificar a tática. Pacheco, atento, comandou seus jogadores a fim de melhorarem a marcação e seguirem bem posicionados na defesa. Foram 11 pontos de ataque dos anfitriões contra 10 dos visitantes. Set equilibrado em todos os sentidos, mas com a barreira da Cimed funcionando. E com Bruninho, que se destacou no fundamento.

O terceiro set começou diferente de como terminou o segundo. Foram lances mais equilibrados, com a Cimed despontando do meio para o final do set, abusando de sua segurança nas bolas de ponta e na eficiência de Bruninho. O levantador de Florianópolis variava as jogadas porque o passe lhe proporcionou isto. O time da casa usou bem a pressão da torcida contra os adversários e o psicológico já abalado. Só precisou conduzir a administrar o jogo para fechar em 25 a 19 em um erro de saque de Maurício.

Confira a narração da partida pelo blog Ataque e Defesa.