| 21/03/2003 21h34min
A história da escolha dos dois mascotes do Caxias – e também o motivo do uso das cores preto e branco pelo time da cidade de Joinville – é contada pelo escritor Edson dos Santos, que pesquisa há oito anos todos os campeonatos catarinenses e suas equipes desde que o futebol existe no Estado, ou seja, quando o esporte ainda era grafado na palavra inglesa football.
Santos fala dos dois animais totalmente diferentes – um cavalo e um pingüim – escolhidos como mascotes, por acaso, em 1954 e 1955, respectivamente.
O cavalo, Gualicho, foi vencedor longe do time, em São Paulo, mas foi comparado ao ataque campeão do Caxias em 1954. Quando souberam que o cavalo passou a vencer todas as corridas do Grande Prêmio Brasil, a diretoria do Caxias decidiu adotá-lo como mascote. Até hoje o time é chamado carinhosamente pela torcida de gualicho, em memória ao animal campeão.
O pingüim chegou um ano depois, num jogo amistoso, mas clássico entre o Caxias e o América, ambos de Joinville. Um torcedor do clube, identificado por Edson dos Santos apenas como Monich, encontrou o animal momentos antes da partida em uma praia de Barra do Sul e o levou ao estádio.
Naquele dia, o pingüim chegou até a fazer sucesso, posando para uma foto com o atacante Norberto Hoppe antes do jogo. O amistoso terminou com a vitória do time alvinegro e o animal virou automaticamente, segundo Santos, o segundo mascote do time.
As pesquisas feitas por Santos também mostram o motivo de o Caxias usar as cores preto e branco. O time foi formado por outros dois da cidade - o Vampiro, que usava a camisa preta, e o Teotônia, com a camisa branca. Foi o último que cedeu o primeiro campo usado pelo Caxias, próximo ao Shopping Müeller, no centro de Joinville.
As informações são do Diário Catarinense.