| 07/10/2008 19h09min
O técnico Renê Simões assumiu o Fluminense na última quinta-feira prometendo muita conversa e união. Agora são os jogadores que mostraram outra arma além do diálogo, na concentração armada na cidade paulista de Itu: a fé.
Nesta terça-feira, após as atividades da tarde, os jogadores se abraçaram no centro do gramado, ouviram um discurso do goleiro Diego e, incentivados pelo reserva, rezaram o Pai-Nosso e a Ave-Maria. E nas preces os envolvidos garantiram que não estava a fuga da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
- A oração no fim do treino é sempre importante para agradecer por mais um dia de trabalho e pedir proteção para os que vêm pela frente. Isso deixa o grupo mais unido e pode fazer a diferença no futuro - justifica Washington, autor de 14 dos 33 gols do Fluminense no Brasileirão.
O goleiro Fernando Henrique foi um dos que mais valorizou a iniciativa de seu suplente e pede continuidade.
- Sempre que precisamos de alguma coisa, pedimos ajuda. Mas poucos agradecem. O time se abraçou no meio-de-campo e rezou agradecendo o bom dia de trabalho. Espero que isso se torne rotina - torce o camisa 1.
Alheio ao apelo religioso de seus comandados, Renê Simões destaca que confia na conversa para tirar o Fluminense da penúltima colocação do Brasileirão, com apenas 27 pontos somados em 28 rodadas.
- Estamos orientando os jogadores a realizarem um ciclo de aprendizado. Eles precisam ver, ouvir e experimentar. Antes do início do treino, fazemos uma reunião e falamos sobre o que será trabalhado. Deixamos eles assimilarem a idéia e depois experimentamos na prática - explica o treinador.
Depois do período no interior paulista, o grupo tricolor segue para Curitiba, onde ficará até enfrentar o Atlético Paranaense às 18h20min deste sábado, na Arena da Baixada. O confronto é decisivo para a fuga das duas equipes do fantasma de jogar a segunda divisão na próxima temporada.
GAZETA PRESS