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 | 22/06/2008 18h50min

Espanha vence Itália nos pênaltis e está na semifinal

Casillas defendeu as cobranças de De Rossi e Di Natale

Após um sonolento empate sem gols no tempo normal e na prorrogação, a Espanha venceu a Itália por 4 a 2 nos pênaltis, pelas quartas-de-final da Eurocopa de 2008, no estádio Ernst Happel, de Viena. O goleiro Casillas foi o grande herói, ao defender as cobranças de De Rossi e Di Natale.

Buffon pegou o chute de Güiza, mas Villa, Cazorla, Marcos Senna e Fabregas converteram suas cobranças e selaram a classificação à semifinal. Grosso e Camoranesi foram os únicos italianos que acertaram. Na última cobrança, o espanhol Cesc Fabregas mandou para o fundo da rede e pôs sua seleção na semifinal.

Os espanhóis enfrentarão a Rússia na próxima quinta, também em Viena, por uma vaga na decisão. A equipe de Luis Aragonés venceu os russos por 4 a 1 na primeira fase, mas o adversário ainda não podia contar com Andrei Arshavin, seu melhor jogador, que estava suspenso.

O jogo

Antes de entrar em campo, o clima das equipes era amistoso no túnel. O atacante italiano Antonio Cassano inclusive cumprimentou o goleiro espanhol Iker Casillas, seu ex-companheiro de Real Madrid. A Itália entrou em campo com duas modificações. Os meias Alberto Aquilani e Massimo Ambrosini entraram no lugar de Andrea Pirlo e Gennaro Gattuso, suspensos. Ambos acompanharam a partida da tribuna do estádio Ernst Happel de Viena.

Após o apito inicial, o que se viu foi um jogo truncado, com poucas chances de gol. A Espanha, muito recuada, impedia que a Itália criasse jogadas. A primeira boa chance dos italianos surgiu aos 18, quando o meia Simone Perrotta cabeceou fraco nas mãos de Iker Casillas. Os espanhóis responderam aos 24, quando David Villa, artilheiro da competição com quatro gols, cobrou uma falta rasteira e Gianluigi Buffon agarrou com segurança. Já aos 35, Cassano cruzou da esquerda e Luca Toni cabeceou forte. No entanto, a bola bateu no zagueiro Marchena. No último lance perigoso de um primeiro tempo sem muitas emoções, o meia David Silva chutou de fora da área e a bola passou à direita do gol de Buffon, que deu uma bronca na defesa italiana.

No segundo tempo, Itália e Espanha repetiram o jogo sonolento da primeira etapa. Silva continuava sendo a principal arma da Espanha no ataque e arriscou outro chute perigoso aos 11, mas a bola passou por cima do gol. Aos 35, o meia brasileiro naturalizado espanhol Marcos Senna chutou de longe, a bola escapou das mãos de Buffon e bateu na trave. No entanto, o goleiro agarrou em seguida e evitou o primeiro gol da Espanha.

Os espanhóis continuaram a pressionar durante o primeiro tempo da prorrogação e Silva arriscou outro chute de fora da área, aos dois minutos. A Itália respondeu aos quatro, quando Antonio Di Natale cabeceou e Casillas fez uma defesa difícil. A partir daí, as duas equipes começaram a sentir cansaço e o jogo ficou morno. Ainda assim, Roberto Donadoni, técnico da Itália, fez uma substituição que lembrou a semifinal contra a Alemanha, na Copa de 2006. No Mundial, o então treinador Marcello Lippi pôs o atacante Alessandro Del Piero no lugar de Perrotta, na prorrogação. No jogo de hoje, o jogador da Juventus substituiu Alberto Aquilani. No entanto, a mudança não surtiu efeito e a partida foi para a decisão por pênaltis, na qual Casillas brilhou.

ESPANHA
Casillas; Sergio Ramos, Puyol, Marchena e Capdevila; Senna, Iniesta (Cazorla, 15min 2ºT), Xavi (Fabregas, 15min 2ºT), Silva; Villa e Torres (Güiza, 40min 2ºT). Técnico: Luis Aragonés

ITÁLIA
Buffon; Zambrotta, Panucci, Chiellini e Grosso; Ambrosini, De Rossi, Perrotta (Camoranesi, 12min 2ºT), Aquilani (Del Piero, 17min prorrogação); Toni e Cassano (Di Natale, 30min 2ºT). Técnico: Roberto Donadoni

Cartões amarelos: Iniesta, Ambrosini, Villa e Cazorla
Árbitro: Herbert Fandel (ALE), auxiliado por seus compatriotas Carsten Kadach e Volker Wezel.
Local: Estádio Ernst Happel, em Viena

EFE
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