| 13/06/2008 19h52min
Vice-campeã olímpica em Atlanta-96 e campeã mundial em Melbourne, a ex-jogadora de basquete Hortência deu respaldo à atitude do técnico Paulo Bassul, de cortar a ala Iziane da seleção brasileira. A jogadora foi excluída do grupo após se recusar a entrar nos momentos finais do jogo contra a Bielorrússia nesta sexta pelo Torneio Pré-Olímpico Mundial.
– Foi uma infelicidade dela. Independente de concordar ou não com a atitude do técnico, existe uma hierarquia que precisa ser respeitada – avalia a ex-ala da seleção. – Foi uma atitude impensada e tenho certeza que, neste momento, ela deve estar arrependida.
Para Hortência, Bassul fez a única coisa que poderia. A ex-atleta lamentou que a jogadora poderia ter ajudado o Brasil na partida.
– A primeira atitude dele foi certíssima, corretíssima. É como um soldado na frente de batalha, você não pode ter dúvidas de poder contar com ele. Ainda mais em um momento como aquele, com a equipe precisando dela. Ela poderia ter sido fundamental para o time e fez isto – lamentou.
Mais união
Com o corte, a atleta não estará em quadra neste sábado, a partir das 14h30min, para o confronto contra Angola. Apesar da derrota para a Bielorrússia ter tirado a quarta vaga aberta para os Jogos de Pequim, a seleção brasileira ainda pode garantir a classificação. Para isto, precisa vencer as angolanas e depois passar pelas vencedoras do confronto entre Cuba e Japão. O desfalque da maior pontuadora até agora no torneio não diminui a confiança de Hortência nas chances de classificação brasileiras.
– A possibilidade permanece e acho que é até maior porque as meninas vão se unir mais – aposta a ex-jogadora.
Muito feio
Integrante da seleção brasileira adulta desde os 16 anos, Hortência não aceita falta de maturidade como desculpa para a decisão de Iziane, de 26.
– Ela é joga na WNBA, na Europa, tem quantos anos? Eu com 16 estava na seleção. Foi muito feio o que ela fez.
GAZETA PRESS