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 | 07/06/2008 22h27min

Jogadores do Figueira sentem-se envergonhados pela derrota por goleada

Grupo afirma que não conseguiu colocar em campo a tática combinada

Michele Cardoso  |  michele.cardoso@rbsonline.com.br

O gol que levou aos 2 minutos do primeiro tempo parece ter mexido com o psicológico do grupo alvinegro neste sábado. Desorganizado e sem saber colocar em jogo a tática treinada durante a semana — de marcar e atuar no contra-ataque —, o Figueirense levou 5 a 0 do Flamengo no Maracanã e chegou ao posto da pior defesa da Série A.

No calor do intervalo, três jogadores declararam sua vergonha. Primeiro foi Rodrigo Fabri, afirmando que o sistema utilizado — o 3-6-1 — não estava sendo eficiente na marcação. Depois, Cleiton Xavier, o capitão, desabafou — "Está tudo errado". Por último, Wilson, o goleiro que não conseguiu fazer milagre, foi enfático: "o time precisa tomar vergonha na cara".

As explicações para os desabafos são complementares. A derrota foi decretada logo aos 2 minutos, quando o time sofreu o primeiro gol. A estratégia de Macuglia, pelos comentários dos jogadores, era forçar a marcação nas alas e inibir o ataque flamenguista, crescendo no contra-ataque para surpreender o adversário. Com um gol sofrido e um Flamengo vivo em campo, o Figueira não conseguiu ter versatilidade em um esquema que se tornou ineficiente.
 
— A gente trabalha a semana toda, arma um esquema e chega na hora do jogo não cumpre nada daquilo. Tomamos um gol no início e aí cada um jogou da sua maneira e favoreceu os contra-ataques — explicou Wilson, reclamando da individualidade em campo.

Cleiton Xavier, que pouco apareceu na partida, admitiu que o grupo sentiu vergonha pela forma como tomou a goleada e confirmou o que o goleiro alvinegro disse: o time ficou completamente perdido após levar o primeiro gol.

— Estamos envergonhados por esta derrota, não esperávamos isso, pela forma que foi. Tínhamos uma proposta de jogo de marcar o Flamengo e atuar nos contra-ataques, mas a situação se inverteu depois de sofrermos o primeiro gol e na tentativa de empatar nós acabamos levando os contra-ataques — destacou o capitão.

Em sua posição de líder no gramado, Cleiton ainda fez questão de afirmar que está junto com o técnico Guilherme Macuglia.

— Em nenhum momento vamos deixar de acreditar e estar junto ao Guilherme, somos um grupo. É uma fase, o time vai passar bem por isso.

O técnico Macuglia, por sua vez, concordou com as justificativas dos jogadores, confirmando a versão de Wilson e Cleiton Xavier.

— É duro explicar um resultado como este. Após tomarmos o primeiro gol, ficamos desestruturados e a equipe não conseguiu marcar, principalmente os alas, Juan e Leonardo Moura.

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