| 05/05/2008 17h35min
Na próxima semana, o alagoano Cleiton Xavier completa 15 meses defendendo a camisa do Figueirense. No entanto, foi necessário um período menor do que esse para o jogador se firmar como um dos destaques do elenco alvinegro e assegurar a braçadeira de capitão do time.
O meio-campista veio emprestado do Inter para o Campeonato Catarinense do ano passado. Foi o responsável pela vaga do Figueira na final da Copa do Brasil em 2007 e neste ano conduziu o grupo ao 15º título estadual.
Estrela nas horas decisivas
Cleiton foi o destaque da equipe no turno da competição. Foram de sua autoria dois gols na última partida da primeira fase, quando o Figueira garantiu o turno goleando o Atlético de Ibirama por 4 a 2.
Já no segundo turno, o atleta caiu de rendimento — e com ele, o Figueirense. Na reta final, contudo, o jogador voltou a se destacar e chamar para si a responsabilidade em campo.
No primeiro jogo da decisão contra o Criciúma, o comandante alvinegro
cobrou a falta que bateu nas costas de Edu Sales e estufou as redes de Zé Carlos. Graças a ele, no Scarpelli, o Figueira fez o dever.
Já na partida no Heriberto Hülse, pode-se dizer que Cleiton Xavier não surpreendeu. Fez o que se esperava dele e, por isso, brilhou. Com os desfalques de Rodrigo Fabri e Fernandes, suspenso e lesionado, respectivamente, o capitão teve mais liberdade no meio-de-campo.
Para coroar, o primeiro gol do duelo final foi dele. Depois de driblar o marcador, arrancou com a bola para área e soube o momento certo para chutar. Ainda aos 20 minutos do primeiro tempo, Cleiton deixou a missão do Tigre muito mais difícil.
Ajudinha dos céus
O meia parece ser mesmo especialista em marcar nos momentos decisivos. Na semifinal contra o Botafogo na Copa do Brasil do ano passado, o jogador foi o autor do gol que colocou o time na grande final. Aos 44 minutos do segundo tempo, com o placar
de 2 a 0 para a equipe carioca e o jogo se encaminhando para
os pênaltis, o meia alvinegro arriscou um chute do meio da rua e, depois da falha do goleiro Júlio César, foi só correr para comemorar.
Na ocasião, ele atribuiu a façanha a uma ajudinha divina:
— Sinceramente, eu não acreditava. Vi a bola na mão do Júlio César e depois ela entrando. Foi a mão de Deus mesmo — afirmou o atleta na época.