| 12/02/2008 10h27min
O piloto de testes da McLaren, Pedro de la Rosa, espera que sua equipe termine o próximo Mundial de Fórmula-1 com os dois primeiros lugares na classificação. Em entrevista ao diário AS, o espanhol comentou as expectativas para a temporada 2008, falou da superioridade de Ferrari e McLaren e destacou que a Renault ainda não mostrou suas cartas.
– Fazemos com que cada campeonato fique mais interessante, sempre há muitas incertezas, e agora mesmo não sei o que vai ocorrer dentro de um mês (o Grande Prêmio da Austrália está marcado para 16 de março). Ferrari e McLaren parecem mais fortes, um passo à frente das demais, mais ou menos como foi ao término do ano passado. Porém, os testes (da pré-temporada) não servem de referência porque foram vistos carros semi-híbridos, que vão mudar até Melbourne. Ainda há equipes que não mostraram suas cartas – completou.
Perguntado em seguida se a Renault é uma dessas, De la Rosa confirmou:
– Claro que sim. É um dos times que podem estar à frente nos próximos meses, tem capacidade para evoluir e mudar as coisas – destacou.
A pedido da publicação, o espanhol também analisou a mudança de equipe de seu compatriota, Fernando Alonso, e as chances do bicampeão na nova temporada.
– Pode (lutar pelo Mundial). Eu gosto de trabalhar com os melhores, e Fernando é um deles. Porém, agora ele não está mais na McLaren e deve seguir seu rumo. Se for com um sorriso no rosto, muito melhor. A única coisa que me preocupa agora é que as duas McLaren terminem em primeiro e segundo todas as corridas. Eu trabalho para isso e não me preocupo com nada mais – ressaltou.
– Devemos fazer o carro ser mais veloz, e isso pressupõe muito trabalho aerodinâmico. Estamos muito satisfeitos com a confiabilidade que o monoposto demonstrou até agora, e o principal é que seja mais rápido – explicou.
De la Rosa falou ainda sobre atos racistas observados durante treinamentos coletivos em Barcelona.
– (Na McLaren) foi visto com muita tranqüilidade, e é isso que eu gostaria de pedir a todos. A torcida espanhola é gente educada e pacífica. Foi falado muito sobre este assunto, e o importante é que nos próximos testes ela demonstre que trata todos os pilotos com respeito, como sempre aconteceu antes – salientou.
GAZETA PRESS