| 30/11/2007 10h33min
Além de assumir a primeira posição da Copa do Mundo, a seleção brasileira masculina de vôlei viu nesta sexta-feira, na vitória por 3 sets a 0 contra a Argentina, o melhor desempenho de seus meios-de-rede. Após os 11 pontos de Rodrigão e os dez de Gustavo, os centrais aproveitaram também para elogiar a performance do levantador Marcelinho, eleito melhor em quadra após a partida.
– Por causa da recepção, a bola estava sempre perto da rede – iniciou Gustavo, que marcou seus dez pontos em ataques e, por isso, não se esqueceu do desempenho do levantador nacional.
– Os dois centrais argentinos são jovens e têm potencial, mas o Marcelinho soube distribuir bem as jogadas. Para os ponteiros também, já que recebiam o passe algumas vezes sem marcação – completou.
Rodrigão, segundo maior pontuador da partida - ficou atrás apenas do oposto André Nascimento, com 14 -, garantiu prontidão para ajudar a equipe nas próximas duas partidas, que definirão o vencedor da Copa e as três equipes que ficarão com as vagas olímpicas para os Jogos de Pequim-2008.
– Fomos para cima da Argentina e conseguimos a vitória – comentou o camisa 14, responsável por nove acertos de ataque e dois de bloqueio.
– Foi bom, pois não é sempre que os meios-de-rede aparecem tanto assim no ataque. Mas sempre que o time precisar, estaremos prontos para ajudar – salientou.
Marcelinho, após receber os elogios, justificou o desempenho.
– Procuro distribuir as bolas de tal maneira que todos consigam pontuar bem, até para que o time não fique dependendo de apenas um atacante. O sistema da Argentina propicia que eu jogue com os meus centrais – analisou.
Apesar da boa performance, Gustavo revelou que não se sentiu à vontade no começo da partida. Como sofreu uma luxação no dedo mínimo da mão esquerda na segunda-feira e ficou de fora do jogo contra a Coréia do Sul, o meio-de-rede teve que atuar com uma proteção no local para evitar o agravamento do problema. Durante o jogo, porém, a lesão sequer o preocupou.
– No início do jogo tive um pouco de medo – confessou o central de 32 anos.
– Mas depois da primeira bolada pensei: ‘Essa é a dor?’. A partir daí, o desconforto passou e esqueci que estava com uma proteção no dedo – concluiu.
GAZETA PRESS