| 31/10/2007 07h26min
O sinal amarelo foi ligado no Beira-Rio. A mobilização para vencer o Sport amanhã, às 20h30min, e se afastar da zona de rebaixamento começou com reunião de mais de uma hora no vestiário. O presidente Vitorio Piffero deixou o gabinete e participou da conversa com jogadores e comissão técnica.
O dirigente foi o primeiro a sair do vestiário. Evitou polêmica em relação ao encontro. Garantiu tratar-se de discussão de assuntos normais do futebol e da análise dos últimos adversários no Brasileirão. Mas também admitiu que foi abordada a preocupação em chegar aos 51 pontos, suficientes para garantir vaga na Copa Sul-Americana.
— Foi conversa de uma equipe que não consegue vencer duas partidas seguidas. Uma cobrança normal de quando não se consegue ir bem — contou Fernandão.
As expressões fechadas dos jogadores conforme saíam do vestiário em direção ao treino denunciavam que a cobrança pode ter sido mais forte. Abel Braga revelou que as oportunidades
perdidas para se distanciar de vez da zona
perigosa foram tratadas na reunião. Recordou aos jogadores o empate cedido ao Corinthians, em São Paulo, e a derrota para o Paraná no domingo — se vencesse, estaria na oitava colocação.
— Falamos sobre isso, achar os porquês dessa situação. Temos que entrar com atitude bem mais forte daquela de domingo — exigiu Abel.
Os jogadores reconhecem o caráter decisivo da partida contra o Sport. Na teoria, será o jogo mais fácil das cinco rodadas finais. A prioridade é, ao menos, conquistar os nove pontos disputados em casa (Sport, Cruzeiro e Palmeiras). Até porque o desempenho como visitante é desalentador: duas vitórias em 15 partidas.
— Temos que ganhar os últimos jogos e conquistar vaga na Sul-Americana porque o Inter, por sua grandeza, deve disputar uma competição internacional — concluiu Edinho.
Fernandão, ao deixar a reunião no vestiário: "Foi uma conversa de quem não consegue vencer duas partidas seguidas"
Foto:
Ricardo Duarte