| 22/08/2007 21h23min
O técnico Mário Sérgio sabe que o São Paulo é o favorito para o confronto contra o Figueirense na noite desta quinta-feira, no Morumbi, pelo jogo de volta da Copa Sul-Americana. O tricolor, líder do Brasileirão, tem a vantagem do empate em 0 a 0 e 1 a 1 – além da vitória simples –, enquanto o alvinegro precisa balançar a rede e vencer por conta do critério do gol qualificado. No jogo de ida, na quarta-feira passada, o time paulista empatou por 2 a 2 no Estádio Orlando Scarpelli. Caso o placar se repita no Morumbi, a decisão será nos pênaltis.
Ciente da qualidade e da situação do adversário na partida, Mário Sérgio afirmou que avançar na Copa Sul-Americana seria uma “missão quase impossível”. Isso, teoricamente. Na prática, contudo, o técnico acredita que a história poderá ser outra:
– É difícil mensurar a possibilidade de se ganhar um jogo. Quando você fala que é quase impossível não significa que você está entregando o jogo para o adversário, é uma análise teórica de uma partida de futebol, que a prática muitas vezes faz você conseguir um resultado inesperado. Esse inesperado pode acontecer no jogo. O São Paulo pode perder para a gente tranqüilamente – afirmou Mário Sérgio, em entrevista à rádio CBN/Diário.
– Da mesma forma que você fala que uma equipe é favorita, você não quer dizer com isso que a equipe vai ganhar. Pelo retrospecto, ela é favorita, mas pode perder o jogo. Eu digo que é uma missão impossível teoricamente, mas na prática, pode mudar tudo – ponderou o treinador.
Teoria x prática
E para contrariar a teoria, Mário Sérgio terá que driblar alguns desfalques práticos e inesperados. O volante Diogo (entorse no tornozelo direito) e o atacante Ramon (contratura no músculo anterior da coxa direita) estão na enfermaria do clube.
Nesta quarta, o time ganhou outra baixa: o atacante Alexandre está com um problema estomacal e não embarcou para São Paulo na tarde desta quarta-feira. Como é praxe, Mário Sérgio fez treinos fechados para a partida e faz mistério para o confronto com o São Paulo. Na manhã desta quarta, a equipe realizou o último trabalho para o jogo, no Centro de Formação e Treinamento (CFT), em Palhoça.
– A estratégia é aproveitar aquilo que o São Paulo tem de melhor, que é a pressão dentro de casa. Eles vão para cima, não importa que eles tenham a vantagem. Eles querem decidir o mais rápido possível, porque enquanto o jogo rolar, eles podem sofrer um lance fortuito, que é normal em qualquer partida de futebol, e deixar escapar a classificação, classificação que eles acham, com certeza, que já está na mão.
Bate-boca em bar
Mário Sérgio também comentou o episódio da discussão em um bar entre torcedores e jogadores do Figueira em um bar em Florianópolis, na madrugada de domingo. Segundo o técnico, os atletas têm responsabilidade e podem aproveitar os momentos de folga, desde que a vida particular não interfira no desempenho do atleta dentro das quarto linhas:
– Eu não cuido da vida de ninguém. Eu cuido da minha e muito mal por sinal. Não estou aqui para tomar conta de ninguém, o jogador faz o que quer na hora da sua folga. O que eu fiscalizo muito é o rendimento dentro do campo e nos treinos. Se o jogador não vai bem aqui, a gente vai buscar causas. Se ele não tem uma vida compatível com o grau de exigência aqui no dia-a-dia, então a gente toma algumas providências. Neste caso especifico, os jogadores sabem da responsabilidade que têm, estamos num campeonato nacional em que a situação é perigosa, então se eles assumiram isso. Eles têm personalidade para isso e eu estou com eles.
CBN/DIÁRIO
Preparador físico Hudson Coutinho (E) e técnico Mário Sérgio observam treino
Foto:
Flávio Neves
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Agência RBS