| 03/07/2007 08h57min
Dois dias depois de Botafogo e Fluminense realizarem o primeiro jogo no novo Estádio João Havelange, o Engenhão, o comitê de organização do Pan corre para consertar o que saiu errado. A inauguração do estádio foi marcada por pelo menos três problemas: falta dágua, grandes filas nas lanchonetes e falhas na segurança. Já o sistema de transporte coletivo funcionou. Por outro lado, não foram registrados engarrafamentos no entorno do estádio.
A falta dágua atingiu boa parte dos 64 banheiros. As torneiras não funcionavam. Ninguém soube explicar o motivo. Houve quem fizesse críticas infundadas à Companhia de Abastecimento do Estado (CEDAE).
– Não podemos lavar a mão neste local considerado de primeiro mundo – ironizou a botafoguense Aline Andrade, 19 anos.
Nas lanchonetes, os torcedores enfrentaram filas imensas para comprar qualquer tipo de bebida ou alimentação. O tempo médio de espera superou 20 minutos - muito além dos 15 minutos de intervalo. Outros sentiram a falta de vendedores circulando entre os espectadores, como nos demais estádios cariocas.
– Era melhor liberar os ambulantes. Assim a gente não ficava na fila – sugeriu o tricolor Alexandre Souza, 22 anos.
O esquema de segurança não registrou incidentes graves, mas não havia policiais fiscalizando a entrada de pessoas não credenciadas na área de imprensa. Muita gente acabou entrando e até atrapalhando o desempenho dos profissionais. Mesmo com cerca de 750 policiais militares na área do estádio, do lado de fora do Engenhão cambistas agiram livremente. No entanto, as delegacias da área não registraram casos de roubos no período do evento.
O ponto positivo foi o trânsito. Não foram registrados engarrafamentos no bairro do Engenho de Dentro, zona norte do Rio. Apenas a Linha Amarela ficou engarrafada nos dois sentidos, devido ao fechamento dos acessos para a região.
ZERO HORA