O Nacional venceu o Vélez Sarsfield por 2 a 0 na noite desta quinta-feira no Estádio Centenário, em Montevidéu. O resultado colocou a equipe uruguaia na liderança do Grupo 4, com 10 pontos, e complicou a situação do Inter na Copa Libertadores da América. Já o clube argentino caiu para a segunda colocação da chave, com oito pontos.

Na terceira posição com sete pontos, o Colorado precisará vencer o Nacional por 3 a 0 ou 4 a 1 na próxima quinta. Com este resultado, o Inter empata no saldo com o clube uruguaio, mas ganha no critério de gols marcados como visitante.

Outra situação que coloca o Inter na próxima fase é uma vitória simples sobre a equipe uruguaia, somada a um tropeço do Vélez diante do lanterna Emelec, na Argentina.

Sem dois de seus melhores jogadores – Castromán e Zárate –, o Vélez não lembrou nem de longe a equipe que enfrentou o Inter duas vezes nesta Libertadores. A equipe argentina parecia acomodada em campo, já que contava com a possibilidade de garantir a vaga em casa, contra o Emelec.

Já o Nacional foi para cima do Vélez e teve o comando de toda a partida. Entretanto, o clube uruguaio não mostrava qualidade no último toque e abusava dos cruzamentos para dentro da área.

O melhor da equipe era o meia-atacante Martínez, que sempre chegava com perigo. Aos 20 minutos, o uruguaio não marcou por pouco, após completar um cruzamento. Quatro minutos depois, ele cabeceou muito perto da trave, após cobrança de escanteio.

Com a pressão nos cruzamentos, a equipe argentina acabou cedendo. Delgado cobrou falta da direita, Vera desviou, o goleiro Sessa espalmou e Godín marcou no rebote.

As únicas chances do Vélez na primeira etapa foram com o centroavante Balvorín. Por duas vezes, o atacante recebeu na entrada da área e bateu rasteiro, com perigo.

Na segunda etapa, o técnico La Volpe trocou o zagueiro Pellerano pelo meia Sena e Balvorín por Emiliano Papa. Sem um centroavante de ofício, o Vélez começou a marcar no campo adversário, mas não conseguia criar situações de gol.

A partida passou a ficar truncada na meia cancha e até mesmo monótona, já que as equipes não chegavam ao gol adversário. Aos 30 minutos, Castro recebeu bola na frente da grande área e bateu muito forte, no ângulo, sem chances para Sessa: 2 a 0.

Ciente da fragilidade do Vélez, o Nacional partiu para cima buscando o terceiro gol. E Martínez quase conseguiu ampliar de fora da área.

O final da partida foi marcado pela violência. Sem capacidade de reação, os jogadores argentinos abusaram de carrinhos perigosos. A delegação do Vélez chegou a invadir o campo para reclamar do juiz e a polícia teve de interceder para que o jogo continuasse.

DIEGO GUICHARD
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