| 27/02/2007 10h32min
Foram quatro anos de espera. Nesse período, o rebaixamento à Série B em 2004, o retorno heróico em 2005 e uma ótima campanha no Brasileirão 2006, que garantiu a volta do Grêmio à competição mais importante do continente. Nesta noite, a partir das 21h15min, o Estádio Olímpico receberá pela primeira vez um duelo pela Libertadores 2007 e a direção tricolor espera que pelo menos 35 mil pessoas assistam ao confronto com o Cúcuta. Dentro de campo, o técnico Mano Menezes prega humildade diante da equipe colombiana, que disputa hoje seu primeiro jogo fora do país em 82 anos de existência.
– Cada um aqui sabe de sua responsabilidade. Não podemos ser simples coadjuvantes. Quem já foi campeão da Libertadores tem que entrar em campo consciente dessa situação – discursou o treinador.
Entre o grupo, o pensamento é o mesmo. Segundo o volante Lucas, o compromisso desta noite será típico de Libertadores:
– Tivemos a condição de vencer fora de casa, e sabemos que vencer dentro de casa é sempre importante para termos a vantagem que adquirimos fora. Sabemos que o adversário pode não ser muito conhecido, mas é o campeão colombiano e a Colômbia vem sempre mostrando um bom futebol. Então, temos que respeitar bastante – salientou.
No treino com portões fechados desta segunda, Mano testou com Carlos Eduardo fórmulas para escapar da marcação adversária. Isso porque o observador do Cúcuta recomendou ao treinador Jorge Luís Bernal cuidados especiais para marcá-lo.
Já a escalação de Everton está descartada. Sem Edmilson, que sofreu lesão muscular e pára por 10 dias, Mano usa Lucas e Diego Souza como volantes e Tcheco e Ramon na armação. Também foi afastada a improvisação de Teco na lateral-esquerda. Lúcio começa praticamente sem a obrigação de marcar.
– Eles jogam com duas linhas de quatro. Lúcio ficará um pouco mais à frente, mesmo na lateral. É com ele que tentaremos apoiar – explicou.
Do lado adversário, a equipe colombiana passeou em shopping ontem antes do treino de reconhecimento do Olímpico. Autor de 48 gols em três anos como jogador do Cúcuta, o panamenho Blas Pérez é o astro. É definido como "um jogador espetacular" pelo radialista Juan Manuel Villamizal, que também elogia o volante Torres e o goleiro Zapata, com passagem pela seleção colombiana e por clubes argentinos.
– É bom cuidar também do zagueiro Portocarrero. Joguei com ele no San Lorenzo. É alto e cabeceia bem – recomendou o gremista Saja.
ZERO HORA E RÁDIO GAÚCHA