| 01/02/2007 23h23min
Depois da vitória de Arlindo Chinaglia (PT-SP) para presidir a Câmara dos Deputados, o governo trabalhará para aproximar a base política, afirmou o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que participou da solenidade de posse do novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto.
Apesar da disputa na Câmara, Tarso acrescentou que "em nenhum momento houve uma quebra da idéia de uma coalizão programática”. Segundo o ministro, o governo acompanhou o processo de votação preocupado com a evolução da aliança e ficou tranqüilo quando os dois candidatos da base – Arlindo Chinaglia e Aldo Rebelo (PCdoB-SP) – passaram para o segundo turno.
– Ficamos tranqüilos porque não haveria uma crise ‘severina’ no processo – disse Tarso, em referência à eleição do ex-deputado Severino Cavalcanti para a presidência da Câmara, há dois anos.
Para o ministro, a soma de votos dos dois candidatos no segundo turno de votação (504 no total) demonstrou que a base política está muito bem, e que o Legislativo saiu fortalecido.
– Não houve instabilidade durante o processo. Essa idéia de que a base está dividida foi criada pela oposição. A coalizão sai fortalecida pela grande votação na Câmara. Isso, entretanto, não dá direito a um esmagamento da oposição. Nem o governo pretende isso nem a base deve se comportar assim – disse.
Segundo Tarso, definidos os presidentes da Câmara e do Senado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se dedicará à formação do seu ministério a partir de segunda-feira.
– O presidente vai começar a conversar com os partidos para fazer as modificações que ele pretende fazer, para termos uma base forte no Congresso Nacional e um ministério comprometido com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) – acrescentou.
AGÊNCIA BRASIL