| 01/02/2007 22h46min
O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), candidato derrotado na disputa pela presidência da Câmara, disse que só resta respeitar a decisão tomada pelos parlamentares da Casa ao elegerem Arlindo Chinaglia (PT-SP). Ele declarou que não teve nem pediu apoio do governo, mas comemorou o "grande apoio" que teve de outros deputados que compartilham suas idéias sobre o país e sobre o destino da Câmara.
Perguntado se estava magoado com a suposta omissão do governo e pelas condições da derrota, Aldo Rebelo disse que "quem guarda mágoa não é feliz e vive pouco".
– Eu me realizo com os amigos e objetivos que tenho alcançado. Não guardo mágoa, mas permaneço defendendo as idéias que considero justas para o país – disse.
Rebelo reiterou, contudo, que há uma concentração de poder nas mãos do PT e evitou comentar a possibilidade de assumir um cargo em um ministério ou a liderança do governo na Câmara.
– Não creio que o presidente Lula tenha necessidade do meu nome. Não posso cogitar algo que não é real – acrescentou.
Ele admitiu, no entanto, que recebeu um telefonema de Lula hoje, mas não quis revelar o teor da conversa por ter sido, segundo ele, um telefonema de caráter pessoal.
Indagado se haverá dificuldades para o governo aprovar projetos importantes com o suposto racha da base governista, uma vez que a eleição de Arlindo Chinaglia (PT-SP) foi definida por uma pequena diferença de votos, Rebelo, que já foi líder do governo na Câmara, disse que não cabe a ele discutir as condições da base do governo.
AGÊNCIA CÂMARA