| 25/01/2007 13h29min
O candidato à presidência da Câmara Gustavo Fruet (PSDB) foi o único, entre os parlamentares que concorrem ao cargo, que se comprometeu em carta a defender a correção dos salários do Congresso Nacional apenas no índice da inflação. Os outros, Arlindo Chinaglia (PT) e Aldo Rebelo (PCdoDB), não oficializaram posição sobre o assunto, mas o petista defende abertamente a equiparação dos vencimentos dos deputados federais aos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
No documento, o tucano reafirma a defesa pela autonomia do Congresso e enfatiza que é preciso buscar uma relação de independência com o Executivo. Ele condena o excesso de medidas provisórias (MPs), que "travam" os trabalhos do Legislativo e enfatiza seus lemas de campanha: a valorização do debate com a sociedade sobre os temas de interesse do país e a reconstrução da imagem do parlamento.
– A candidatura nasceu da convicção de que é possível e urgente reconstruir a imagem do Parlamento. As escolhas feitas sinalizarão para o país o compromisso com a renovação e a sintonia com os anseios da sociedade", diz o texto.
Fruet citou um estudo do cientista político Sérgio Abranches, segundo o qual o Brasil tem um "Parlamento sem-decisão". O candidato apresentou dados que mostram que, entre 2003 e 2006, seis de cada dez sessões da Câmara ficaram trancadas por MPs.
Entre as propostas, Fruet sugere atualizar o regimento interno da Casa para agilizar o trâmite das matérias, que atualmente pode levar anos. Ele defende o voto aberto, a transparência nos gastos da Câmara e a definição de "critérios permanentes para a remuneração dos parlamentares, compatíveis com a realidade brasileira".
O candidato defende atualizar o regimento interno para agilizar o trâmite das matérias, que atualmente pode levar anos. Ele também sinalizou para uma mudança no processo orçamentário, que foi questionado no ano passado depois do escândalo da compra de ambulâncias superfaturadas com verba de emendas parlamentares.
– A CPI dos Sanguessugas mostrou a realidade política para a liberdade de emendas. Devido à complexidade do Orçamento, há um poder grande de barganha do Executivo criticou.
Fruet também prometeu, se eleito, dar prioridade às reformas tributária e política:
– É claro que nós temos que rever a fidelidade partidária e como se constrói isso.
RÁDIO GAÚCHA E AGÊNCIA O GLOBO