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 | 19/01/2007 10h49min

Declaração do Mercosul vai destacar respeito à democracia

Documento mostra o bloco com um perfil mais político do que comercial

Num momento em que as atenções de analistas, governos e investidores de todo o mundo estão voltadas para os últimos acontecimentos políticos na América do Sul – sendo o mais recente a reestatização dos setores de energia e telecomunicações, no socialismo do século 21 propagado pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez – os chefes de Estado que participam no Rio da reunião de cúpula do Mercosul decidiram colocar, como primeiro item da declaração que será assinada, uma resposta tranqüilizadora: o respeito aos princípios democráticos.

O documento, que desta vez mostra o bloco sul-americano com um perfil marcadamente político, ganhando um status bem mais elevado do que o lado comercial, também enfatiza o respeito aos direitos humanos, a manutenção da paz na região, o desenvolvimento econômico e social e a erradicação da pobreza extrema.

Em uma tentativa de amenizar as desavenças entre os membros do Mercosul, Lula defendeu, na quinta, na abertura do Foro de Governadores e Prefeitos do Mercosul, o reconhecimento das diferenças entre os países da América do Sul, como caminho para efetivar a integração do bloco.

– Nossa integração só se dará se tivermos a disposição política de compreender que somos diferentes, que vivemos em Estados e países diferentes, com realidades diferentes, e precisamos aceitar o parceiro como ele é; não tentar fazer o parceiro ser como a gente. Assim não dá certo – disse Lula.

Antes disso, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmara, ao chegar ao Rio, que era preciso "descontaminar o Mercosul do neoliberalismo".

Em uma alusão à afirmação de Chávez de que pretende instalar o "socialismo do século 21" na Venezuela, Lula disse que cada país tem o direto de fazer a opção que achar melhor e, novamente, fez um chamado à integração.

– Não me preocupou o (socialismo) do século 19 e nem me preocupa o do século 22. É preciso compreender que cada país tem o direito de fazer o discurso que melhor entender – afirmou o presidente.

AGÊNCIA O GLOBO
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