A venda do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) está marcada para acontecer no dia 20 de novembro deste ano. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, dia 19, pelo governo federal e estabelece ainda o adiamento da privatização do Banco do Estado do Ceará (BEC), inicialmente prevista para ocorrer no dia 3 de outubro. O valor de venda do BEC baixou de R$ 344 milhões para R$ 268 milhões, enquanto que o do Besc não foi mencionado.

As medidas foram divulgadas pelo diretor de Liquidações e Desestatização do Banco Central, Carlos Eduardo de Freitas, após a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). O governo decidiu que negociará o Besc justamente no dia que marca o segundo aniversário de venda do Banco do Estado de São Paulo (Banespa). Por causa da polêmica gerada em torno da conta única (dispositivo que valoriza o patrimônio da instituição), as autoridades catarinenses preferiram aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal.

– Não podemos é ficar esperando muito tempo porque isso custa caro para o contribuinte – analisou Freitas.

Sendo assim, o governo colocou o banco à venda sem o compromisso de manter a conta única e o contrato de prestação de serviços. O diretor não quis revelar o novo preço mínimo do Besc, mas antecipou que haverá queda em relação ao preço inicial. O Besc deverá ser disputado pelo ABN, Unibanco, Itaú e Bradesco.

O banco catarinense além de ser federalizado passa por um processo conturbado de dispensa de funcionários. A implantação do chamado Plano de Demissão Incentivada (PDI) não obteve êxito em Florianópolis, já que o sindicato da categoria rejeitou a proposta do acordo coletivo deixando cerca de 2,2 mil funcionários impedidos de fazer o acordo.

JEAN BALBINOTTI / DIÁRIO CATARINENSE