| 05/01/2007 18h48min
Sob a ameaça de ataques terroristas, começa, neste sábado, em Lisboa, a prova mais perigosa do automobilismo mundial: o Rali Dacar. Apesar dos riscos, em sua 29ª edição a disputa registrou um recorde de participantes inscritos, com um total de 535 veículos (260 motos, 187 carros e 88 caminhões). O Brasil acompanhou a evolução dos números e, pela primeira vez, será representado por 12 competidores.
A largada deste ano ocorrerá pela segunda vez em Lisboa, a partir das 6h30min (4h30min, no horário de Brasília) e a prova terá início com duas etapas modificadas, por causa da possibilidade de ataques terroristas.
Após um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da França, a organização do Dacar cancelou o percurso da 10ª etapa, prevista para o dia 16 – entre as cidades africanas de Nema, na Mauritânia, e Timbuctus, em Mali – além da 11ª, no dia 17, quando os competidores retornariam à cidade mauritana.
A solução encontrada para o evento não ser prejudicado foi transformar a 10ª etapa em uma corrida dentro de Nema. A 11ª fase também ocorrerá dentro da Mauritânia. Cumpridos os dois percursos, o Dacar retomará o trajeto previsto após um deslocamento até Kaynes, no Mali. A competição será disputada em 15 etapas, durante 16 dias.
A previsão é que os pilotos percorram 8.708 quilômetros, distribuídos por seis países: Portugal, Espanha, Marrocos, Mauritânia, Mali e Senegal.
– É claro que uma ameaça nos preocupa, mas a organização sempre está atenta à segurança. Sempre tem alguém que quer usar o rali para divulgar suas causas – disse o piloto de carro Klever Kolberg, que ao lado do piloto de caminhão André Azevedo são os brasileiros veteranos no Dacar – participam da prova pela 20.ª vez.
Os brasileiros ainda serão representados nas motos por Jean Azevedo, Carlos Ambrósio, Sylvio Barros e Dimas Mattos; além de Riamburgo Ximenez/Lourival Roldan, e Paulo Nobre, o Palmeirinha, nos carros; e Ulysses Bertholdo, no caminhão.
DIÁRIO CATARINENSE