| 01/01/2007 19h01min
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), deu entrevista logo depois da posse do presidente Lula no Congresso, lançando sua candidatura à recondução à presidência da Casa e revelando sua plataforma de campanha.
– A minha idéia é ir até a vitória, reunindo amplas forças políticas. A presidência é uma instituição e é composta por partidos de todos os segmentos – disse.
Ele afirmou que o núcleo de sua candidatura é feita de partidos da base aliada e da oposição, passando por setores do PT e PMDB até integrantes da oposição.
– Acho que a candidatura deve ser da instituição e tem que ser representativa da Casa – disse, rebatendo o argumento da campanha de Arlindo Chinaglia (PT-SP), que disputará o cargo com ele, de que a candidatura à vaga deveria ser exclusiva da base aliada.
Segundo Rebelo, Lula quer chamar os dois candidatos ainda nesta semana para tentar chegar a um entendimento. Já em campanha, ele disse
que conversou com políticos de vários partidos e estados
brasileiros.
– Naturalmente, se for convidado, irei conversar com o presidente. Agora, o entendimento tem que ser buscado. E a minha candidatura é essa que busca o entendimento. A base do entendimento tem que ser a agenda que congrega os interesses do país. Conversei com governadores eleitos e reeleitos. Há uma pauta (de interesse) dos prefeitos e dos governadores também. Também há uma pauta da indústria e dos trabalhadores. É preciso congregar nessa pauta uma agenda de interesse do país.
Questionado se Lula o teria apoiado, na conversa que tiveram antes do Natal, Rebelo desconversou:
– O presidente não deve manifestar sua opinião sobre essa disputa.
Rebelo também confirmou que jantou com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho, de quem recebeu manifestações efusivas. Ele disse ainda que conversou com os governadores eleitos de São Paulo (José Serra), Minas Gerais (Aécio Neves), e da Paraíba (Cássio Cunha Lima), dando a entender que tem também o apoio de parte importante do PSDB.
Por fim, ele rebateu de forma enfática o argumento do PT de que a candidatura dele é de oposição:
– Os partidos que me lançaram e que me apóiam são partidos que tiveram a fidelidade já provada.
AGÊNCIA O GLOBO