| 11/12/2006 16h54min
O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), evitou polemizar com o PT, que lançou na semana passada a candidatura do líder do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP) à sucessão na Casa. Questionado se não era um equívoco mais uma vez a base aliada apresentar dois candidatos, Aldo disse que todos os partidos têm direito de disputar a sucessão e voltou a dizer que sua candidatura só será apresentada se tiver amplo apoio na Câmara.
– Cabe a cada partido discutir a conveniência política ou não de uma candidatura. Minha candidatura não foi apresentada, nem por mim nem por meu partido. O meu partido não tem projeto partidário e eu não tenho um projeto pessoal. A Presidência da Câmara, ou é um projeto, se possível, de toda instituição, ou pelo menos um projeto que seja amplamente majoritário dentro da Casa. Portanto, não tem sentido o lançamento da minha candidatura individualmente – disse.
Aldo Rebelo disse que a eleição ainda está muito longe e garantiu que não usará a proposta de aumento do salário dos parlamentares como moeda de troca na busca de apoio a sua candidatura. Embora Aldo evite falar do lançamento de sua candidatura, vários partidos têm simpatia por sua permanência na Presidência da Câmara, vários deles da oposição.
O líder do PSB na Câmara, Renato Casagrande (ES), disse que os aliados do presidente da Câmara vão procurar os colegas antes do fim do ano para articular a candidatura de Aldo.
- A idéia é esta semana fazer um movimento antes de os deputados saíram para as festas de Natal para consolidar e reforçar a candidatura Aldo - disse Casagrande.
AGÊNCIA O GLOBO