Aproveitando a estiada da chuva que cai desde a noite desse domingo em Brasília, o presidente Luís Inácio Lula da Silva se encaminha ao Congresso Nacional a bordo do Rolls-Royce presidencial, acompanhado de sua esposa, a primeira-dama Marisa Letícia. Logo atrás, um outro carro conduzia o vice-presidente José Alencar e sua mulher.

Devido ao mau tempo, o contingente de pessoas que acompanha a posse é bem menor do que o registrado em 2003, quando Lula assumiu o primeiro mandato.

O esquema de segurança é forte em torno de Lula. Mesmo assim, um popular conseguiu furar o bloqueio e passar em frente ao Rolls-Royce. Mas nada que dificultasse o desfile na Esplanada dos Ministérios.
 
Um outro contra-tempo foi registrado: um pequeno protesto feito por duas mulheres provocou tumulto em frente ao parlatório do Palácio do Planalto, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve discursar depois de ser empossado. As duas manifestantes trouxeram uma faixa com a inscrição "Seria cômico se não fosse trágico" e se aproximaram da tenda montada para abrigar os jornalistas da chuva.

As duas foram cercadas por militantes do PT, que gritavam "Quer aparecer! Quer aparecer!" e palavras de apoio ao presidente. Os militantes rasgaram a faixa carregada pelas duas mulheres.

A médica Maria Luiza Meyer, que confeccionou a faixa e usava nariz de palhaço, protestou contra a posse do presidente, que ela classificou de "corrupta", diante da situação da saúde no Brasil. A médica citou como exemplo as declarações de Lula ao longo da campanha, quando ele disse que a situação da saúde no Brasil era boa. Maria Luiza, que trabalha num hospital no bairro Paranoá, no Distrito Federal, disse que ela mesma teve que comprar medicamentos para os doentes.