| 07/12/2006 22h55min
O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), avalia que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) - que nesta quinta-feira julgou inconstitucional a chamada cláusula de barreira - representa a oportunidade de os parlamentares fazerem o aprimoramento da legislação quando forem discutir a reforma política.
Segundo ele, a grande quantidade de partidos políticos no Brasil dificulta e confunde a opinião pública.
– Eu até entendo o papel dos partidos históricos, mas essa era a oportunidade para que nós fizéssemos uma diminuição dos partidos compatível com a realidade do nosso país – disse.
Para o líder do PSDB, senador Arthur Virgilio (AM), a decisão do STF deve levar o Congresso Nacional a discutir com o órgão pontos da nova reforma política, que pode ser aprovada em 2007.
– Temos que conversar com o STF, porque temos outro momento de reforma política, e é preciso ter interlocução entre os dois poderes – afirmou.
Virgilio disse que vai aguardar a publicação do acórdão para analisar detalhadamente a medida, já que a decisão foi unânime e, segundo ele, "merece ser melhor vista".
– Diante de uma decisão unânime do STF, eu só posso me envergar à decisão. Não tem que discutir – disse.
O senador disse que, pessoalmente, preferia que o Brasil se restringisse a um espectro de seis a oito partidos, em vez dos quase 30 que existem hoje no país.
– Entendo que com seis ou oito partidos daria para abarcar todo espectro ideológico do país. Com a globalização e com a queda do Muro de Berlim, os partidos estão cada dia mais parecidos no seu ideário – afirmou.
AGÊNCIA BRASIL