| 07/12/2006 10h30min
Esposa de Giba, bicampeão mundial com a seleção brasileira de vôlei, a atacante Cristina Pirv passa por um momento crucial em sua carreira. Após ser afastada das quadras com suspeita de problemas cardíacos na última temporada, ela deve voltar a jogar em 2007.
Em 2006, Pirv foi campeã da Copa CEV, um dos mais importantes torneios da Itália, com o Novara. Porém, a rotina de dois treinos diários e jogos importantes acabou estressando a atleta, que também sofreu muito com a morte de uma sobrinha próxima. Desta forma, em exames de rotina feitos em março, foi constatada uma taquicardia e ela recebeu a recomendação de não jogar até exames mais profundos.
Testes mais detalhados revelaram a possibilidade de embolia. Por isso, a romena teve que ser operada na última semana de junho para a correção de um orifício em uma artéria. Seis meses depois, ela revelou em estar pronta para retornar.
– Estou pensando de voltar a jogar agora em janeiro, fevereiro, dependendo do parecer dos médicos – comentou a atleta, que não quis falar o nome de seu novo clube.
– Vai ser na Itália, mas o time eu ainda não sei dizer. Tenho bastante propostas, mas não posso revelar quais – despistou.
Ela, inclusive, garante que não está tensa para a volta.
– Não estou com nenhum medo e sim com muita felicidade – afirmou.
Enquanto isso, ela se dedica a dar todo o apoio ao marido.
– Como jogadora eu tenho que entender esse período dele longe de casa, dar a maior tranqüilidade para o Giba. Às vezes, ele fica bravo em coisas que não tem nada a ver, mas eu sempre tento dar força para ele render – contou.
Campeã da Superliga 2001/2002 pelo Minas, a atleta descartou a possibilidade de se naturalizar brasileira para defender a seleção verde-amarela, como chegou a cogitar no auge de sua passagem pelo time de Belo Horizonte.
– É difícil porque eu consegui a cidadania italiana e não posso ter três nacionalidades. Então teria que renunciar ou a italiana ou a romena. Por enquanto eu sou brasileira só de coração. Os papéis não valem muito – explicou a jogadora.
– Acho que não defenderei a seleção brasileira, mas não sei o que vai vir. De qualquer forma, deixa o Giba ganhar, ser o melhor do mundo – encerrou.
GAZETA PRESS