O líder do PV, deputado Jovino Cândido (SP), negou na tarde desta quinta-feira, em entrevista coletiva, a fusão do Partido Verde com o Partido Socialista Cristão (PSC). A fusão havia sido anunciada na quarta-feira pelo deputado Marcelo Ortiz (PV-SP), ex-líder do partido.

– A Executiva Nacional deverá convocar o seu conselho nacional para discutir o assunto com calma. Ninguém foi autorizado pela Executiva a assinar protocolo de intenções, atendendo a interesses escusos – afirmou o líder.

Segundo Cândido, as conversas sobre fusão incluem o PPS e o PHC. O líder ressaltou, porém, que a possibilidade de fusão é a última a ser considerada na reunião que deverá ocorrer na próxima semana.

Antes de decidir, o partido tentará permanecer como está. Para isso, vai aguardar a interpretação definitiva do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação ao artigo 13 da Lei dos Partidos Políticos (9096/95), que institui a cláusula de barreira. É que, em 1995, o PCdoB e o PSC ajuizaram ações contra a regra. Elas ainda não foram julgadas e agora ganharam apoio de PV, PPS, PSB e PSOL, que solicitaram o ingresso como terceiros interessados.

Outra preocupação da direção do PV que deverá ser discutida na próxima reunião será a tentativa de manutenção do funcionamento parlamentar e o pleno exercício do mandato dos deputados. Isso porque, pela Lei, o partido que perder o direito a funcionamento parlamentar deixa de ter na Câmara as prerrogativas de formar bancada, ter líder e participar da divisão proporcional dos cargos de Mesa Diretora. Ele também fica proibido de participar de comissões permanentes, Comissão Mista de Orçamento, CPIs e comissões especiais destinadas a examinar projetos de lei.

AGÊNCIA O GLOBO