| 22/09/2006 21h15min
O ex-presidente nacional do PSDB e vereador em São Paulo, José Aníbal, que coordena a campanha do tucano Geraldo Alckmin em São Paulo, repudiou com veemência a hipótese de que o escândalo de negociação do dossiê tenha sido uma armação do próprio PSDB. Em entrevista na tarde desta sexta-feira, o delegado Edmilson Pereira Bruno, da Polícia Federal, insinuou a possibilidade de uma armação dos tucanos, visto que uma equipe da campanha de José Serra, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, estaria aguardando na sede da Polícia Federal, antes mesmos de qualquer órgão de imprensa, a prisão Valdebran Padilha e Gedimar Passos.
Momentos depois da prisão e antes da chegada da imprensa, já havia dois carros da produtora dos programas de TV do PSDB, diretamente atingido pela divulgação do dossiê.
Na coletiva desta sexta, a equipe de filmagem também estava presente. O delegado Bruno, que conduzia as investigações e as prisões, disse não saber por que a equipe tucana já estava na sede da PF em São Paulo antes da chegada da imprensa. O delegado disse que, como não está mais no caso, não vai apurar se houve algum tipo de informação privilegiada. Em Brasília, circula a hipótese de que o dossiê tenha sido uma armação para atrair os petistas.
– Isto comprova uma partidarização da Polícia Federal. O delegado deveria ter mostrado o que a polícia prendeu junto a esta corja de larápios comandada pelo presidente Lula. Isto é um rebaixamento da instituição – disse o coordenador da campanha de Serra, o vereador José Anibal.
AGÊNCIA O GLOBO