| 22/09/2006 20h42min
Em depoimento à Polícia Federal, nesta sexta, o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso repetiu a argumentação de Jorge Lorenzetti de que a negociação com a família Vedoin sobre o Dossiê Cuiabá não envolvia dinheiro. Segundo ele, as conversas começaram em agosto e o grupo oferecia apoio jurídico aos Vedoin em troca dos dossiês.
No depoimento, que terminou pouco antes das 20h, Expedito afirmou que foi a Cuiabá “fazer depósitos na conta de pessoas indicadas por Abel Pereira”. Ele disse ainda que o objetivo era conseguir informações sobre o empresário Pereira. Abel Pereira é um empresário que teria vencido licitações do Ministério da Saúde na época em que o ministro era Barjas Negri, no governo Fernando Henrique Cardoso. Negri foi substituto de José Serra, atualmente concorrendo ao governo paulista pelo PSDB.
Expedito não sabe de onde veio o dinheiro apreendido com Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha. Ele confirmou, porém, que Lorenzetti era chefe de Gedimar no
núcleo de
informações do PT.
O depoimento do ex-diretor do Banco do Brasil durou cerca de cinco horas e meia. Expedito ainda não deixou o prédio da Polícia Federal. Antes dele depôs Jorge Lorenzetti, ex-chefe do núcleo de informação e inteligência do PT, que foi extinto nesta quinta-feira. O depoimento de Lorenzetti foi mais rápido, durou cerca de três horas. Ainda depõe nesta sexta Oswaldo Bargas, ex-assessor de Ricardo Berzoini no Ministério do Trabalho.
AGÊNCIA BRASIL E O GLOBO