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 | 22/09/2006 16h05min

Advogado diz que dinheiro em troca de dossiê deve ser investigado

Polícia Federal vai ouvir mais dois depoimentos nesta sexta-feira

Após o depoimento de seu cliente, o ex-assessor da campanha de Lula, Jorge Lorenzetti, o advogado Aldo de Campos Costa afirmou que a Polícia Federal precisa investigar a origem do dinheiro encontrado com duas pessoas ligadas ao PT para a negociação de um dossiê contra políticos do PSDB. O ex-assessor alega que foi surpreendido com a notícias do dinheiro, pois não autorizou nenhuma negociação com recursos com o empresário da Planam, Luiz Antônio Trevisan Vedoin.

Ao ser indagado pelos jornalistas sobre a origem do dinheiro, o advogado afirmou que a investigação da Polícia Federal deve esclarecer.

– Isso deve ser averiguado pela Polícia Federal. Havia outros interesses em jogo. Interesses de outros órgãos e pessoas – disse.

Novamente perguntado sobre quais seriam esses interesses, o advogado afirmou que eram “das pessoas que já foram citadas pela imprensa”. Depois disso, o advogado disse que não daria mais declarações do assunto. Segundo Lorenzetti, três pessoas participaram de encontros com empresários da Planam para analisar os documentos: o ex-agente da PF e funcionário da campanha Gedimar Passos, o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso, além do ex-secretário executivo do Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas. Contudo, o advogado afirma que o presidente do PT, Ricardo Berzoini, não tinha nenhuma responsabilidade sobre o caso.

O advogado reiterou que Jorge Lorenzetti não foi indiciado e continua na investigação como testemunha. A Polícia Federal ainda ouve nesta sexta mais dois depoimentos sobre o caso.

AGÊNCIA BRASIL
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