| 23/08/2006 11h59min
O vice-presidente do Conselho de Ética do Senado, Demóstenes Torres (PFL-GO), apresentou nesta manhã seu parecer sobre a denúncia de envolvimento da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) com a Máfia dos Sanguessugas. No parecer, o relator argumenta que já pode devolver a investigação à Mesa do Senado para abertura do processo disciplinar.
O relator diz que as denúncias são graves e que, diante do conjunto de provas até agora colhido, torna-se desnecessária a investigação preliminar. – A denúncia não é tênue ou débil. Ao contrário, é muito consistente –, diz o parecer de Demóstenes Torres. Na reunião do Conselho, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), disse que o presidente do colegiado, o senador João Alberto (PMDB-MA), deveria pedir um relatório sumário para os relatores porque todos os subsídios foram dados e os acusados já apresentaram suas defesas. Com isso, o conselho recomendaria à Mesa do Senado a imediata abertura dos processos. Ontem, o presidente do Senado, Renan Calheiros, encaminhou ao Conselho uma denúncia, e não uma representação, contra os senadores Ney Suassuna (PB), ex-líder do PMDB, Magno Malta (PL-ES) e Serys. Com isso, o Conselho terá que colher os depoimentos e arregimentar provas, para depois devolver a investigação à Mesa do Senado, que, por sua vez, se entender que há subsídios que justifiquem um processo de cassação, devolve a investigação ao Conselho. Somente então será aberto o processo. Com a manobra, os senadores acusados ganharão mais tempo. AGÊNCIA GLOBO