| 03/08/2006 14h23min
O líder da Minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), criticou hoje a proposta de convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva para votar a reforma política. Segundo o pefelista, a proposta, apresentada por um grupo de juristas e apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem um viés autoritário.
– Isso é uma forma de antecipar o que seria o improvável segundo governo Lula. É evidente que ele quer uma Constituinte exclusiva para tratar de assuntos políticos. Vindo de um presidente que mostrou nos últimos anos de governo que tem um viés autoritário, que tem uma admiração incondicional por Fidel Castro e Hugo Chávez. Então, deve ser evitada – disse. Já o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), defendeu a realização de uma ampla reforma política que reduza o custo das campanhas e institua a fidelidade partidária e o financiamento exclusivamente público. Fontana acha difícil que o Congresso faça uma reforma dessa amplitude, por isso defende a proposta de convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte exclusiva, apresentada ontem por um grupo de juristas. – Para mim, o inadiável é que seja feita uma reforma política profunda no País, com fidelidade partidária, financiamento público exclusivo e redução de custos. Ela pode ser feita pelo novo Congresso ou por meio de uma mini-Contistuinte. O grande problema que muitos apontam é que os que se elegem dentro de uma determinada regra são conservadores em alterá-la. Então, talvez a opção seja a mini-Constituinte, se aprovada pelo Congresso e com respaldo da sociedade. Se pudermos fazer isso com o próprio Congresso é bom, se não, vamos chamar uma Constituinte. AGÊNCIA O GLOBO