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 | 16/07/2006 18h51min

Caracas ordena embaixada a retirar cidadãos do Líbano

Cerca de cinco mil venezuelanos estão em território libanês

O governo da Venezuela ordenou hoje a sua embaixadora no Líbano, Zoed Karam, que retire os venezuelanos turistas ou residentes no país e os leve ao Chipre, onde Caracas também tem representação. O ministro de Exteriores venezuelano, Alí Rodríguez, transmitiu a ordem a Karam por telefone. A diplomata está entrando em contato com os venezuelanos para saber se desejam sair do país.

Cerca de cinco mil venezuelanos estão no Líbano, mas nem todos estão inscritos oficialmente na sede diplomática em Beirute.

Karam e o cônsul venezuelano, Ricardo Salas, tentam fretar ônibus que possam levar os cidadãos para a Síria, embora também esteja sendo analisada a via marítima, em direção ao Chipre, apesar do bloqueio naval israelense. A Chancelaria disse em comunicado que está tentando obter garantias de Israel de "que não serão feitos ataques contra nossa embaixada no Líbano".

– Até agora, 12 venezuelanos que estavam no Líbano foram levados para a Síria e outros 30 permanecem na embaixada sob sua proteção, enquanto se completam as coordenações para ordenar sua evacuação assim que sejam dadas as condições que permitam garantir a sua integridade – acrescentou.

A Venezuela "se solidariza com seus cidadãos que têm familiares em território libanês, mas pede a eles que mantenham a calma, com a certeza de que o Estado venezuelano, conforme sua obrigação constitucional, colocará todos os seus recursos à disposição para garantir a segurança dos cidadãos", segundo a nota.

O comunicado não faz referência ao fato de Israel ter chamado o encarregado de negócios da embaixada da Venezuela em Tel Aviv para consultas, depois que o presidente Hugo Chávez condenou o país na sexta.

Chávez qualificou os ataques de Israel de uma "loucura", denunciou que os EUA "estão por trás" disso e alertou que as duas nações "ameaçam a Síria e o Irã".

Um dia depois, a Chancelaria reiterou sua condenação a Israel por atacar territórios palestinos e libaneses e incitar a Síria, e também criticou os EUA por "impedir a avaliação da crise" no Conselho de Segurança da ONU.

AGÊNCIA EFE
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